Dólar abre em alta de 1% à espera da reunião do Copom

O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (6) à espera de mais um possível corte na taxa Selic após a reunião do Copom.

Por volta das 9h20, o dólar variava levemente positivo a 1,009%, sendo negociado a R$ 5,6466. O mercado está de olho na aprovação do Projeto de Lei Complementar que prevê o auxílio de R$ 125 bilhões a estados e municípios.

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Além disso, segue no radar dos investidores a revisão do rating do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch para BB-.

Corte da Selic

O mercado está atento à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (6). De acordo com economistas ouvidos pela agência de notícias “Bloomberg”, o Banco Central (BC) deverá cortar a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,50%, para um novo patamar mínimo de 3,25%.

Além disso, os especialistas esperam que a autoridade monetária central do País mantenha a possibilidade de novos cortes em aberto, com o intuito de evitar uma influência ainda maior da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na economia brasileira.

Segundo o último Boletim Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano deverá cair 3,76%, impactado pela doença. Ainda segundo a divulgação do BC na última segunda-feira (4), a previsão da Selic para o fim deste ano é de 2,75%, um ponto percentual abaixo da taxa atual.

Auxílio a estados e municípios

A Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira (5), o texto base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 39/20, do Senado, que prevê o auxílio de R$ 125 bilhões a estados e municípios, além do Distrito Federal, em razão dos impactos econômicos do coronavírus.

Já foi aprovada a emenda que expandiu as categorias que ficarão fora do congelamento de salários estipulado como a contraparte ao socorro da União aos entes federativos.

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O presidente da Casa, Rodrigo Maia, chegou a deixar o comando da votação durante a sessão do Plenário virtual para defender a aprovação do texto levantado pelo Senado, em meio à urgência dos entes federativos no combate à pandemia. “A tese prevaleceu, o valor prevaleceu, a forma de distribuição é que mudou”, disse Maia.

Rating brasileiro

A agência de classificação de risco Fitch revisou, na última terça-feira (5), a expectativa do rating de crédito brasileiro para negativa. A companhia estipulou a nota do Brasil em BB-. Desse modo, o grau de investimento do País é avaliado como especulativo, ou seja, com maior risco de calote.

A agência de riscos classifica que esses fatores podem prejudicar a capacidade do governo para ajustes fiscais e para implementação de reformas econômicas após a pandemia. Sendo assim, isso pode até restringir uma resposta emergencial “considerável” da política à crise do coronavírus.

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Segundo a agência, o Brasil entrou no atual momento de estresse com equilíbrio fiscal relativamente fraco e com baixo crescimento econômico. Antes, a Fitch atribuía perspectiva “estável” para o rating do Brasil. Porém, na última terça, com o recuo da nota, a situação do País fica três níveis abaixo do mínimo para grau de investimento.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (5), o dólar encerrou em alta de 1,228%, cotado em R$ 5,5902 na venda.

Jader Lazarini

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