Dólar encerra em alta de 1,5% após corte da taxa Selic

O dólar encerrou esta quinta-feira (19) em alta de 1,497%, sendo negociado a R$ 4,1642 na venda.

As reduções das taxas de juros, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, motivaram a variação positiva do dólar. Além disso, o mercado reagiu a redução da projeção da OCDE para o crescimento econômico global.

O ambiente negativo também foi motivado pela rejeição do acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul, pelo Parlamento da Áustria.

A moeda norte-americana estava operando em alta desde o início do dia. No entanto, a cotação máxima foi registrada no fechamento do mercado. A mínima foi de R$ 4,13, por volta das 9h30.

Corte da taxa Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortou na última quarta-feira (18) a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual.

Saiba mais: Banco Central corta Selic de 0,50 pontos percentuais para 5,5%

Agora, a taxa básica de juros é de 5,50% ao ano, em um nova mínima histórica. Esse é o segundo corte da Selic desde o começo do mandato de Roberto Campos Neto, no início de 2019.

A decisão do BC já era prevista pelos analistas do mercado. O último Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (16), indicou uma previsão de uma Selic em 5,00% até o final de 2019.

Trump diz que Fed ‘falhou novamente’ após corte de juros

O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a criticar o Federal Reserve (Fed). O mandatário disse que Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, e o Fed “falharam novamente”.

Saiba mais: Donald Trump diz que o Fed ‘falhou novamente’

Trump ressaltou ainda que a autoridade monetária não “tem coragem e nenhuma visão” ao não seguir o Banco Central Europeu (BCE) e cortar mais a taxa de juros.

O presidente afirmou que não se sente empolgado com as medidas tomadas pelo banco central recentemente.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/03/1420x240-Banner-Home-3.png

Na tarde da última quarta-feira (18), o Fed decidiu cortar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. A taxa dos Fed Funds agora está em um intervalo entre 1,75% e 2%.

Redução do crescimento mundial

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou suas perspectivas sobre o crescimento global para 2019 e 2020. Segundo a organização, as expectativas econômicas estão perdendo o fôlego e o crescimento global está nos menores níveis desde 2008.

Saiba mais: OCDE reduz as projeções para o crescimento mundial

A projeção para o desenvolvimento da economia mundial em 2019 passou de 3,2% para 2,9%. A estimativa de 2020 também foi cortada, de 3,4% para 3,0%.

“A escalada dos conflitos comerciais está afetado cada vez mais a confiança e os investimentos, aumentando as incertezas das políticas, agravando os riscos nos mercados financeiros e colocando em risco as já fracas perspectivas de crescimento em todo o mundo”, comunicou a OCDE.

Acordo de livre-comércio entre Mercosul e UE

O Parlamento da Áustria decidiu rejeitar o acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Para que o tratado seja ratificado é necessário da aprovação de ao menos 28 países do bloco europeu.

Saiba mais: Áustria veta acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia

A França, no mês de agosto, após as queimadas na Amazônia, também se posicionou contra acordo de livre-comércio.

Do mesmo modo, a Áustria vetou o acordo pois acredita que o Brasil não tem compromisso com a preservação da Amazônia.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/01/1420x240-Banner-Home-1.png

“O acordo teria sido ruim para a nossa agricultura, mas especialmente para a proteção climática e os direitos trabalhistas na América do Sul”, afirmou o vice-chefe do Partido Social-Democrata do país, Jörg Leichtfried.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (18), o dólar encerrou o pregão com uma alta de 0,608%, sendo cotado a R$ 4,1028.

Giovanna Oliveira

Compartilhe sua opinião