Dólar inicia a semana em alta após Trump adiar aumento das tarifas

O dólar iniciou a última semana do mês de fevereiro em alta. Nesta segunda-feira (25), a moeda norte-americana registrou um crescimento de +0,059% sendo cotada a R$ 3,7434.

O dólar oscilou durante todo o dia e caiu após o discurso do presidente norte-americano, Donald Trump, declarando que o aumento das tarifas sobre a China serão adiadas em busca de um acordo comercial com os asiáticos. No entanto, acabou se recuperando durante o dia.

Outras moedas:

  • Euro: +0,167% (R$ 4,2551);
  • Libra:  +0,227% (R$ 4,9050).

Principais assuntos que movimentaram a moeda norte-americana:

  • Discurso de Trump;
  • Fala de Jerome Powell;
  • Reforma da Previdência;
  • Movimentação do Banco Central.

Discurso de Trump

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, publicou em sua conta do twitter que o plano de aumentar as tarifas alfandegárias sobre produtos da China foi adiado. Terminada a trégua da guerra comercial, em 1º de março, estava previsto que houvesse um aumento de 10% para 25% em impostos, sobre US$ 200 bilhões em mercadoria chinesa.

Saiba mais: Trump adia alta de tarifas sobre a China e dá respiro à guerra comercial

De acordo com o presidente, a medida foi adiada devido ao otimismo nas rodadas de negociações entre Pequim e Washington. As nações tentam entrar em acordo para dar fim à guerra comercial.

Fala de Jerome Powell

Investidores do mercado aguardam com atenção o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Jerome Powell, que fará o discurso semestral para o Senado e a Câmara dos Estados Unidos na terça-feira (26) e na quarta-feira (27).

Durante a semana, o mercado ainda ficará de olhos atentos a divulgação de dados importantes dos Estados Unidos, com destaque para o PIB do terceiro trimestre e outros números relacionados a atividade industrial chinesa.

Reforma da Previdência

Internamento, o mercado segue atento as novidades relacionadas a proposta da Reforma da Previdência, que foi entregue ao Congresso Nacional, na última quarta-feira (20) e será avaliada pela Câmara dos Deputados.

Na última sexta-feira (22), após dados divulgados pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, foi avaliado que caso seja aprovada a reforma, o Brasil deverá criar oito milhões de empregos em quatro anos  (2020 à 2023).

De acordo o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, caso não haja a reforma da Previdência, o rombo previdenciário continuará aumentando e gerando ainda mais déficits nas contas públicas. Em 2018, o déficit somou R$ 290,2 bilhões.

Conforme os dados divulgados, a renda per capta do brasileiro subirá para R$ 5,772, caso a proposta seja aceita.

Saiba mais: Reforma da Previdência: governo estima 8 mi de empregos em 4 anos

Bases do estudo

Os número foram encontrados após o estudo comparar os efeitos da aprovação da reforma sobre o crescimento da economia. No entanto, os cálculos mostram diferenças crescentes no Produto Interno Bruto (PIB) no cenário com e sem aprovação das medidas.

Sem aprovação

Sem a aprovação, o país teria um crescimento econômico de 0,8% em 2019. Em 2020, a economia entraria em recessão, mesmo fechando com a expansão de 0,3%. No entanto, os demais anos registrariam recuo da economia, sendo:

  • 2021: recuo de -0,5%;
  • 2022: recuo de -1,1%;
  • 2023: recuo de -1,8%.

Com aprovação

Caso a reforma seja aprovada, o PIB registraria altas de:

  • 2019: alta de 2,9%;
  • 2020: alta de 2,9%;
  • 2021: alta de 2,9%;
  • 2022: alta de 3,3%;
  • 2023: alta de 3,3%.

Aprovação parcial

Além disso, o estudo também trabalhou com um cenário intermediário. Nesse caso, foi avaliada uma aprovação parcial da reforma, nas condições previstas pelas instituições financeiras, chamada de “consenso de mercado”.

Dessa forma, o PIB registraria:

  • 2019: alta de 2,5%;
  • 2020: alta de 2,4%;
  • 2021: alta de 2,3%;
  • 2022: alta de 2,3%;
  • 2023: alta de 2,3%.

Com isso, a renda per capta teria um crescimento menor, chegando em 2023 com R$ 4.642.

Movimentação do Banco Central

Na sessão desta segunda-feira (25), o Banco Central ofertou 10,33 mil swaps cambiais tradicionais. No entanto, os swaps equivalem à venda futura de dólares.

Dessa formal, foram rolados US$ 8,780 bilhões dos US$ 9,811 bilhões que possuem vencimento em março.

Última cotação

Na última sexta-feira (22), o dólar registrou uma queda de -0,548% e acabou a semana cotado a R$ 3,7412.

Renan Bandeira

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