Grana na conta

Dólar abre com leve queda; guerra comercial e impeachment de Trump no radar

O dólar abre com uma leve queda. Os resultados do acordo na primeira fase da guerra comercial seguem sendo avaliados pelos investidores.

Por volta das 9h20 desta quarta-feira (18), o dólar variava negativamente 0,029%, negociado a R$ 4,0708. O mercado internacional está de olho nos desdobramentos do processo de impeachment do presidente norte-americano Donald Trump.

Além disso, segue no radar a aprovação do Orçamento público para no ano que vem, realizada na noite da última terça-feira (17).

Guerra comercial

Os investidores de todo o mundo seguem atentos aos desdobramentos do fim das negociações da primeira fase da guerra comercial.

O diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Kudlow, afirmou na última segunda-feira (16), que as exportações dos EUA para a China dobrarão sob a “fase um” do acordo da disputa comercial entre Washington e Pequim.

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“Eles… vão dobrar nossas exportações para a China”, declarou Kudlow quando perguntado sobre a guerra comercial no canal de televisão norte-americano Fox News Channel.

De acordo com o acordo comercial anunciado na última semana, os EUA reduzirão certas tarifas sobre importações da China em troca de compras chinesas de produtos agrícolas, manufaturados e de energia dos EUA as elevando em cerca de US$ 20 bilhões nos próximos dois anos.

Impeachment de Trump

A votação do impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve ocorrer na tarde desta quarta-feira em Washington na Câmara dos Representantes.

É esperado que a Câmara, com a maioria dos opositores do mandatário, aprove o impeachment de Trump baseada em duas acusações, de abuso de poder e obstrução da Justiça. Entretanto, o processo deve ser rejeitado pelo Senado, que é controlado pelos republicanos, partido de posição do governo.

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Na última sexta, o Comitê Judiciário da Câmara norte-americana aprovou os “artigos do impeachment”, ou seja, as denúncias formalizadas que serão apresentadas ao plenário. Os artigos são baseados nos seguintes termos:

  • Abuso de poder ao forçar uma investigação contra a família de Jon Biden, em favor das eleições presidenciais do ano que vem
  • Obstrução de justiça por ignorar intimações, se recusando em entregar documentos aos investigadores durante o processo de análise

Orçamento para 2020

Na noite da última terça-feira, o Congresso aprovou o orçamento para o ano que vem, em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado. O orçamento agora segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O planejamento prevê receitas de R$ 3,68 trilhões, já considerando a expectativa de receitas adicionais de R$ 7 bilhões que serão repassadas ao Tesouro Nacional pelas empresas estatais, segundo a Agência Câmara. As despesas fixadas somam R$ 2,7 trilhões, já líquidas dos juros do refinanciamento da dívida pública, que deverão ser de R$ 917 bilhões.

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O texto aprovado prevê que o índice que mede a inflação do Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deverá ficar em 3,53% em 2020. A meta da taxa de juros básica (Selic) é de 4,40% ao ano. Já o câmbio esperado é de R$ 4 por US$ 1. A previsão é de um crescimento de 2,32% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano que vem.

Última cotação

Na última sessão, na última terça, o dólar encerrou com uma alta de 0,20% sendo cotado a R$ 4,0775.

Jader Lazarini

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