Dólar inicia em queda; pacote fiscal norte-americano no radar

O dólar abriu em leve queda nesta quinta-feira (1). Por volta das 9h10, a moeda estadunidese recuava 0,34%, a R$ 5,5923 . Segue no radar do mercado o pacote fiscal norte-americano de US$ 2,2 trilhões (cerca de R$ 12,29 trilhões), que teve a votação adiada na última quarta-feira (30), além das contínuas indefinições acerca da implementação do programa social Renda Cidadã.

A cotação do dólar opera estável nesta semana, com alta de pouco menos de 1%; no ano, porém, a valorização frente ao real chega a 37%. A cotação da moeda foi elevada em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), e, em função disso, o Congresso dos Estados Unidos estuda mais um pacote de estímulos fiscais para sustentar a economia norte-americana.

Na última quarta, os democratas da Câmara dos Estados Unidos postergaram a votação do pacote de US$ 2,2 trilhões, alegando a necessidade de mais tempo para um acordo com os republicanos e a Casa Branca. O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e a presidente da Câmara, democrata Nancy Pelosi, disseram que não conseguiram chegar a um acordo, mas que “nossas conversas vão continuar”.

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Alguns representantes republicanos e grande parte dos democratas pressionam por outra rodada de estímulos econômicos há meses, mas permaneceram distantes pelo montante considerado adequado. Os democratas dizem que o pacote de US$ 2,2 trilhões agora proposto é necessário para apoiar famílias e empresas estadunidenses que ainda sofrem com a pandemia.

No que se refere ao front nacional, o mercado segue atento à situação fiscal do País. O governo procura ajustar o projeto do Renda Cidadã, programa que substituirá o Bolsa Família. Na última quarta, após uma reunião de emergência, membros do governo e do Ministério da Economia saíram sem falar com jornalistas. Mais cedo, o chefe da pasta econômica, Paulo Guedes, disse que o governo não usaria dinheiro de precatórios para financiar o programa.

Guedes chamou a alternativa proposta de “puxadinho”. Quando anunciada, a medida foi criticada por diversos atores da sociedade civil, visando uma possível pedalada fiscal. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já disse que entender a ideia do governo como inconstitucional.

Quanto à reforma tributária, existe a expectativa de que a análise e votação da proposta seja adiada para o ano que vem, em função da proximidade das eleições municipais. Isso reduz a disponibilidade das lideranças políticas para o debate da reforma, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”.

Ainda no âmbito político e econômico, o mercado acompanha a troca de farpas entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e Guedes. De acordo com a “Folha”, o ministro da Economia disse que Maia havia feito um acordo com representantes da esquerda para não pautar as privatizações. O presidente da Casa, por sua vez, rebateu dizendo que “Guedes está desequilibrado”.

Última cotação do dólar

Da mesma forma que o dólar hoje, a moeda norte-americana encerrou o pregão na última quarta-feira em queda de 0,44%, negociado a R$ 5,616 na venda.

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Jader Lazarini

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