Dólar inicia a semana em queda de 0,6%, negociado a R$ 5,28

O dólar inicia a semana em queda monitorando o índice acionário da segunda maior economia do mundo.

Por volta das 9h30, nesta segunda-feira (6), o dólar operava em queda de 0,675%, sendo negociado a R$ 5,2834. O mercado está atento a bolsa de valores da China que encerrou o pregão em forte alta 5,7% hoje.

Além disso, segue no radar do investidores, a redução da previsão de queda do PIB brasileiro, privatizações no radar da pasta econômica e as vendas no varejo da zona do euro.

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China

O mercado acionário está atento ao encerramento do pregão de Xangai, bolsa de valores da China, na forte alta de 5,71%, para 3.332,88 pontos.

Segundo analistas ouvidos pelo jornal norte-americano “The Wall Street Journal”, é difícil identificar um único fator para a alta desta segunda-feira, mas alguns apontam para um artigo publicado pelo jornal chinês estatal China Securities Journal. A publicação diz que promover um “mercado de alta saudável” era importante, uma vez que as relações internacionais estão cada vez mais complicadas para a China. Isso ocorre devido à intensa competição financeira e tecnológica, em meio aos riscos financeiros internos.

“O artigo era uma indicação clara de que o governo da China está determinado a apoiar a recuperação das ações locais. Eles são capazes de fazer isso. Eles provaram isso no passado, usando entidades estatais para comprar ações locais ”, afirmou Piotr Matys, estrategista de câmbio do Rabobank.

Entretanto, a economia real da maior potência do planeta ainda está longe de retomar o nível do período pré-pandemia. O banco Goldman Sachs reduziu as estimativas para o crescimento dos EUA no terceiro trimestre, projetando que os gastos dos consumidores ainda permanecerão retraídos.

“A disposição dos investidores em olhar através da atual interrupção [do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19)] para uma recuperação prevista neste trimestre está ameaçada pelo aumento das taxas de infecção”, disse Michael McCarthy, estrategista de mercados da CMC Markets Plc em Sydney, à “Bloomberg”.

Boletim Focus

Os responsáveis pela elaboração do Boletim Focus diminuíram levemente suas previsões para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. A estimativa divulgada nesta segunda-feira (6) é de uma contração de 6,50%, ante 6,54% na última semana.

Saiba Mais: Boletim Focus reduz expectativa pela queda do PIB

Há quatro semanas, no entanto, a projeção era de uma queda de 6,48. No primeiro trimestre deste ano, a economia brasileira recuou 1,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação do resultado do segundo trimestre será realizada em 1º de setembro.

Zona do Euro

As vendas no varejo da zona do euro mostraram uma forte recuperação em maio, quando as medidas de combate à pandemia de covid-19 foram mitigadas. Segundo a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia (UE), o volume de vendas no setor foi 17,8% maior em comparação a abril deste ano. A informação foi divulgada na manhã desta segunda.

A expectativa dos economistas era de um avanço menor, de 14%. No entanto, o forte desempenho do varejo da zona do euro ainda não foi suficiente para atingir o patamar imediatamente anterior à pandemia, em fevereiro, mantendo-se 7,4% abaixo — em razão das fortes baixas de março e abril.

Como destaque, no segmento de vestuário, as vendas em maio foram 147% superiores a abril, depois de serem registradas quedas de 54,7% e 55,5% nos dois meses anteriores.

Guedes prevê privatizações

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse no último domingo (6) que até os próximos três meses o governo fará três ou quatro “grandes privatizações”.

Saiba Mais: Guedes prevê ‘grandes privatizações’ nos próximos 3 meses

Sem detalhar quais empresas estão no plano de desestatização, Guedes mencionou que 2020 seria um “excelente ano” para realizar uma oferta pública (IPO) das subsidiárias da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 20 bilhões a R$ 50 bilhões, “bem maior até” que uma Eletrobras (ELET5), afirmou o ministro em entrevista à “CNN Brasil”.

Além disso, Guedes acrescentou que “seguradamente” os Correios estão na lista de privatizações, no entanto, não afirmou quando aconteceria. Apesar da pandemia do novo coronavírus, a equipe econômica, de acordo com o ministro, não perdeu o rumo fiscal e classificou o Brasil na fase de descentralização de recursos.

Última cotação do dólar

No último pregão, sexta-feira (3), o dólar encerrou em queda de 0,55%, negociado a R$ 5,3175.

Poliana Santos

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