Grana na conta

Dólar em queda com reforma da Previdência e possível recessão global no radar

O dólar, nesta quinta-feira (3), inicia em queda com temores de uma recessão global, desidratação da Previdência, imposição de tarifas dos EUA sobre a UE, e guerra comercial no radar.

Por volta das 9h20, o dólar registrava uma leve queda de -0,348 sendo negociado a R$ 4,1215. Após a divulgação dos dados dos Estados Unidos, o mercado teme uma possível recessão da maior economia do mundo e uma recessão global.

Além disso, segue no radar dos investidores, a mudança no parecer da reforma que reduzirá em R$ 76 bilhões a economia brasileira prevista. Ademais, a OMC autorizou os EUA imporem tarifas sobre produtos europeus em uma disputa que dura há 15 anos.

Recessão dos EUA

A atividade industrial dos Estados Unidos reportou declínio no mês de setembro. O resultado apresentado é o pior desde 2009. De acordo com índice da associação profissional do ISM, o resultado foi impulsionado pelas incertezas comerciais, decorridas da guerra comercial.

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O índice de fabricação do ISM caiu 1,3 p.p., chegando a 47,8% no mês passado. A última vez que o país chegou a tal nível foi durante a recuperação da crise financeira de 2008.

Reforma da Previdência

A reforma da Previdência foi aprovada pelo plenário do Senado em primeiro turno na noite da última terça-feira (1). Entretanto, a votação definitiva deverá ocorrer apenas na segunda quinzena do mês.

O plenário do Senado Federal retirou da reforma da Previdência a proposta de mudar as regras para concessão do abono salarial. A mudança no texto desidrata a reforma em R$ 76,4 bilhões e reduz a economia prevista para pouco mais de R$ 800 bilhões em dez anos.

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Atualmente, o trabalhador que ganha até dois salários mínimos (R$ 1.996) tem direito ao benefício. O destaque retirado da reforma da Previdência previa abono salarial para quem ganhasse até R$ 1.346,43, valor calculado pelo critério previsto na Constituição que define a condição de baixa renda.

Para a manutenção do texto era necessário 49 votos. No entanto, apenas 42 senadores votaram a favor da nova regra do abono. Os contrários a proposta somatizaram 30 votos.

EUA x UE

A Organização Mundial de Comércio (OMC) autorizou os Estados Unidos (EUA), na última quarta-feira (2), a imporem tarifas alfandegárias de R$ 7,5 bilhões sobre produtos europeus. A entidade regulatória considerou como ilegal os subsídios concedidos pela União Europeia (UE) à empresa aeronáutica Airbus.

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Em resposta, a Comissão Europeia informou que a imposição de tarifas infligiria danos a empresas e pessoas de ambos os continentes. Além disso, informou que se os EUA taxarem, a UE deverá “fazer o mesmo”.

“Mas se os EUA decidirem impor contramedidas autorizadas pela OMC levarão a UE a uma situação em que não teremos outra opção a não ser fazer o mesmo”, salientou a Comissão.

Guerra comercial

O mercado está atento se a maior economia do mundo pode estar a caminho de uma recessão, desse modo, há um temor de que a guerra comercial fomente ainda mais a possibilidade de uma recessão global.  As novas negociações iniciarão no dia 10 de outubro.

Última cotação do dólar

Na última sessão, o dólar encerrou em queda de 0,68% sendo negociado a R$ 4,1342.

Poliana Santos

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