Dólar abre em leve baixa, sendo negociado a R$ 5,43

O dólar abriu em leve queda nesta quarta-feira (1). O mercado está de olho no possível novo pacote de estímulos à economia do Banco Central dos EUA.

Por volta das 9h30, o dólar operava em queda de 0,059%, sendo negociado a R$ 5,4368 na venda. Devido à pandemia, as operações de fusões e aquisições recuaram mais de 50% em todo o mundo no primeiro trimestre deste ano.

Além disso, por conta do coronavírus, a dívida bruta do Brasil, em relação ao seu PIB, no final de 2020 deverá ser de 93%, segundo o Ipea.

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Novos estímulos econômicos

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, informou aos legisladores norte-americanos na última terça-feira (30) que o governo estuda novos pacotes de estímulo econômico.

O anuncio vem à tona em meio ao aumento no desemprego e na falência dos negócios em razão dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19) no país.

Mnuchin afirmou que espera trabalhar de maneira bipartidária em quaisquer medidas adicionais no gasto público norte-americano neste mês. “Prevíamos que qualquer alívio adicional seria direcionado a certos setores que foram especialmente afetados pela pandemia”, disse o secretário do Tesouro.

A audiência perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara faz parte das participações trimestrais exigidas pelo pacote de alívio de US$ 2 trilhões (cerca de R$ 10,93 trilhões) que o Congresso aprovou em março. O pacote forneceu mais de US$ 450 bilhões ao Tesouro para cobrir perdas em programas de empréstimos de emergência administrados pelo Federal Reserve (Fed).

Fusões e aquisições recuam

O valor das fusões e aquisições registrou uma queda de 50% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo intervalo do ano passado, segundo dados compilados pela agência de notícias “Bloomberg”.

Os número referentes às operações caíram para o nível mais baixo desde o pico da crise da dívida da zona do euro, para pouco mais US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,44 trilhões) neste ano. O resultado marca o primeiro semestre mais fraco desde 2012.

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Com a pandemia, os mercados financeiros sofreram forte impacto no primeiro trimestre e a atividade econômica foi paralisada em todo o mundo. Nesse sentido, reuniões presenciais, essenciais para a concretização desses contratos, se tornaram quase inacessíveis.

O setor financeiro se destacou no período. Os números do segmento foram estimulados pela oferta de US$ 30 bilhões da corretora de seguros Aon pela Willis Towers Watson, assim como pela proposta de US$ 13 bilhões do Morgan Stanley para a aquisição da E * Trade Financial.

Dívida pública em alta

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informou na última terça que projeta para 2020 uma relação entre dívida bruta do governo federal e o Produto Interno Bruto (PIB) em 93,7%.

As estimativas, segundo o Instituto, são resultado das despesas atreladas ao enfrentamento da pandemia, tanto no âmbito da saúde quanto na manutenção de renda da população.

Sendo assim, em sessão sobre a “visão geral da conjuntura”, publicada na Carta de Conjuntura do Ipea, os pesquisadores defendem a retomada da agenda de reformas em razão consolidação fiscal no período pós-pandemia. Da mesma forma, alertaram para o achatamento do espaço para gastos de custeio e investimentos.

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O aumento da dívida neste ano, segundo o Ipea, se dará com um déficit primário de cerca de 10% do PIB, frente ao déficit de 1,3% registrado no ano passado.

Última cotação do dólar

Na sessão da última terça, o dólar encerrou o pregão em alta de 0,273%, negociado a R$ 5,44 na venda.

Jader Lazarini

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