Dólar abre em queda de 1,5% após ajuda do Fed

O dólar abriu em nova queda nesta sexta-feira (20). Na última quinta-feira (19), o Banco Central dos Estados Unidos anunciou linhas de swap para auxiliar a liquidez da moeda-norte americana para uma série de países.

Por volta das 9h40, o dólar registrava queda de 1,526%, sendo cotado a R$ 5,0234. O mercado está atento à possibilidade da criação de uma vacina para o coronavírus, conforme dito pelo presidente Donald Trump.

Além disso, segue no radar dos investidores a previsão de retração da economia brasileira por diversos bancos estrangeiros.

Fed proporciona liquidez

O Banco Central (BC) do Brasil está entre as instituições monetárias centrais de todo o mundo que fecharam um acordo temporário com o Federal Reserve (Fed) para dar liquidez de dólares.

O Banco Central dos Estados Unidos anunciou a medida na última quinta-feira e processo será feito por meio de linhas de swap.

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“Esses mecanismos são projetados para ajudar a diminuir as tensões nos mercados globais de financiamento em dólares, mitigando os efeitos dessas tensões no fornecimento de crédito para famílias e empresas, tanto no mercado interno quanto no exterior”, informa o Banco Central estadunidense.

O acordo vai apoiar a provisão de liquidez da moeda norte-americana em até US$ 60 bilhões para Brasil, Austrália, México, entre outros.

Os bancos centrais da Dinamarca, Noruega e Nova Zelândia terão linhas de US$ 30 bilhões. Os acordos de liquidez permanecerão em voga por seis meses. A autoridade monetária brasileira, no entanto, ainda não se pronunciou.

Covid-19

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na última quinta-feira que o país descobriu um medicamento que poderá ser utilizado para a cura do coronavírus.

De acordo com o mandatário, o remédio poderá ser aprovado em breve pelo órgão regulador de medicamentos dos EUA, o Food and Drugs Administration (FDA). A droga hidroxicloroquina, que é o medicamento mencionado pelo mandatário, já é utilizada no tratamento da malária.

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O presidente afirmou que todos os cidadãos que possuírem prescrição médica poderão adquirir o remédio. Segundo Trump, o medicamento poderá ser distribuído tanto em consultas médicas quanto em hospitais.

Além disso, o mandatário ressaltou ainda que um dos benefícios é que o remédio já é utilizado, portanto, passou por testes e já foi aprovado. “Se você começa a desenvolver uma droga do zero, não sabe o que vai acontecer”, disse Trump.

Contração da economia

Diversas instituições financeiras internacionais recentemente revisaram suas estimativas sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Na última quinta-feira, o norte-americano Bank of America (BofA) cortou a previsão de crescimento de 1,5% para a retração de 0,5%.

Para o banco, o PIB brasileiro irá sofrer os impactos causados pelo coronavírus na economia doméstica. Além disso, para o BofA, a economia global crescerá 0,50% neste ano.

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Já o francês BNP Paribas cortou a estimativa da economia para uma queda de 1%, frente a uma previsão de crescimento de 1,5% anteriores, e alerta para o risco de novas revisões.

O banco informa que o corte de 0,50% na taxa básica de juros da economia (Selic), anunciado na última quarta-feira (18), está de acordo com sua expectativa. “No entanto, nossa projeção foi feita assumindo um impacto muito menor da Covid-19”, informa o relatório. O BNP diz que a crise gerada pelo vírus poderá fazer com que a Selic volte a ser reduzida.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira (19), o dólar encerrou o pregão em queda de 1,799%, cotado a R$ 5,1041 na venda.

Jader Lazarini

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