Balanços da semana

Dólar tem alta superior a 2% e fecha a R$ 3,95 com falas de Guedes

O dólar encerrou em alta superior a 2% nesta quarta-feira (27) na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). A alta foi de 2,273% e a moeda encerrou a R$ 3,9545 na venda.

A mínima do dólar no dia foi R$ 3,9099 e a máxima foi R$ 3,9597.

O mercado reagiu nesta data aos diversos empecilhos na aprovação da reforma da Previdência. As falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, principalmente, deixaram os investidores em alerta. O ministro chegou a dizer que não possui apego ao seu cargo político.

Confira abaixo o fechamento das demais moedas:

  • Euro: alta de 1,817% a R$ 4,4494.
  • Libra esterlina: alta de 2,343% a R$ 5,2406.

Saiba mais – Paulo Guedes afirma não ter apego ao cargo; Bolsa reage negativamente 

Reforma da Previdência e Paulo Guedes

Após cancelar sua ida a encontro na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara na última terça (26), o ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve nesta quarta (27) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para defender a reforma da Previdência.

O ministro falou por mais de trinta minutos sobre a importância da reforma da Previdência e da descentralização dos recursos, hoje concentrados na União. Guedes disse que a classe política está “convidada a assumir o protagonismo” na aprovação do projeto. “A bola está com o Congresso”.

Guedes afirmou que o ideal seria a aprovação de uma reforma que economizasse R$ 1 trilhão das contas públicas em dez anos, tal qual o projeto original estima poupar. Mas, se aprovado um projeto menos rígido, a conta recairia no futuro sobre o País novamente.

“Se não fizermos, não tem problema. Se não fizermos, vamos condenar nossos filhos e netos, por nosso egoísmo, nossa incapacidade de fazer um sacrifício”, declarou.

Mais tarde, o ministro disse que não possui apego ao cargo. “Não tenho apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo, como também não tenho a inconsequência e irresponsabilidade de sair na primeira derrota. Não existe isso”, disse o ministro.

“Se o presidente [Jair Bolsonaro] apoiar as coisas que eu acho que podem resolver para o Brasil, eu estarei aqui. Agora, se ou o presidente ou a Câmara ou ninguém quer aquilo, eu vou obstaculizar o trabalho dos senhores? De forma alguma. Eu voltarei para onde sempre estive. Eu tenho uma vida fora daqui”, alegou ainda Paulo Guedes.

O ministro ainda alertou: “suponha que os poderes aprovam que a União deve R$ 800 bilhões, que não tenha reforma previdenciária, não tem nada disso, eu vou ficar fazendo o que aqui? Só se for para apagar incêndio, vou entrar para o Corpo de Bombeiros de Brasília, para ajudar vocês”.

Saiba mais – Reforma da Previdência: a bola está com o Congresso, diz Paulo Guedes 

Votação repentina do Orçamento

A Câmara dos Deputados aprovou na noite da última terça (26) uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz o poder do Executivo sobre as contas públicas. O texto obriga o governo a executar todos os investimentos previstos no Orçamento.

A PEC foi aprovada em dois turnos. No primeiro, teve a aprovação de 448 deputados, contra apenas três. No segundo, o placar foi ainda maior: 453 a favor, e seis contra. Até mesmo deputados da base aliada do governo e do próprio PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, votaram a favor.

Saiba mais – Câmara aprova PEC que reduz poder do governo sobre o Orçamento

Dívida pública federal sobe em fevereiro

A Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,71% em fevereiro em termos nominais. O aumento é calculado em relação ao resultado registrado em janeiro.

Em valor, a Dívida Pública Federal chegou a R$ 3,873 trilhões. Os dados foram informados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (27). Segundo as metas estabelecidas no Plano Anual de Financiamento (PAF), a DPF deveria oscilar entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões.

Por sua vez, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registrou alta de 1,69% em fevereiro, chegando a R$ 3,731 trilhões. Enquanto a Dívida Federal Externa somou R$ 141,92 bilhões (US$ 37,96 bilhões). Um aumento de 2,24% na comparação com janeiro.

Saiba mais – Câmara aprova PEC que reduz poder do governo sobre o Orçamento 

Theresa May planeja pedir demissão

A premiê britânica Theresa May afirmou que deixará seu cargo logo depois que o acordo sobre o Brexit seja aprovado. May teria explicado que apresentará sua renúncia a parlamentares conservadores após a aprovação das modalidades de saída da União Europeia (UE).

A primeira-ministra britânica teria afirmado que as votações do Parlamento contra sua proposta de Brexit teriam sido uma mensagem contra ela. May afirmou ter entendido esse recado, mas que quer levar adiante uma passagem “ordeira” de mando para um novo premiê conservador.

Saiba mais – Brexit: May diz que renunciará caso Parlamento aprove acordo 

Última cotação

O dólar fechou a sessão desta terça-feira (26) com alta de 0,244%, a R$ 3,8666.

Amanda Gushiken

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