Dólar fecha próximo da estabilidade, a R$ 5,765, com fiscal e temores sobre exterior

O dólar hoje fechou a sessão próximo da estabilidade, em leve alta de 0,03%, cotado a R$ 5,765 na venda, com os investidores de olho na situação fiscal brasileira e nas incertezas do cenário internacional.

Em pregão volátil, ainda de ressaca do dia anterior, o dólar hoje operou entre quedas e altas repercutindo o alívio em relação à situação fiscal do Brasil e os temores sobre o novo aumento de casos do coronavírus no Hemisfério Norte e as incertezas sobre as eleições norte-americanas, previstas para o próximo dia 3 de novembro.

Os investidores avaliaram a decisão da última reunião do Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central (BC), que decidiu pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) na mínima história de 2% ao ano.

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Além disso, os Estados Unidos reportaram um crescimento de 33,1% de seu Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre em comparação aos três meses imediatamente anteriores. O resultado veio acima do esperado e se posiciona como a maior alta do série histórica do indicador.

Com isso em vista, vejas notícias que mexeram com a cotação do dólar:

  • Brasil criou 313.564 vagas de trabalho em setembro
  • Trump: Estímulos serão adotados “definitivamente antes do fim do ano”
  • Governo central tem déficit primário de R$ 76 bi em setembro

Caged mostra 313.564 novas vagas em setembro

O Ministério da Economia reportou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostrando uma criação de 313.564 vagas de emprego formal em setembro. O resultado é o melhor desde o início deste ano.

O número apresentado no nono mês do ano foi resultado de 1.379.509 contratações, contra 1.065.945 demissões. O ministro da Economia ressaltou que os resultados foram puxados pela melhora na economia e também pelos acordos de redução de jornada de trabalho e suspensão de contrato.

Esse foi o terceiro mês seguido de saldo positivo. Em julho e agosto foram criadas 131 mil e 249 mil vagas de trabalho formal, respectivamente.

Estímulos nos EUA só após eleições

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que continua comprometido com a adoção de mais estímulos fiscais à economia do país, devido à crise causada pela pandemia.

Segundo o mandatário, depois da eleição dos EUA que ocorrerá na próxima semana, no dia 3 de novembro, seu governo será capaz de aprovar mais crédito tributário, “definitivamente antes do fim do ano”, salientou.

Déficit primário do governo central

O governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC), registrou um déficit primário de R$ 76,155 bilhões em setembro, enquanto no mesmo período do ano passado as contas haviam ficado negativas em R$ 20,472 bilhões.

O déficit no acumulado do ano foi de R$ 677,436 bilhões, o pior da série, ao passo que a meta fiscal deste ano previa um rombo de R$ 124,1 bilhões, entretanto foi suspensa em função da decretação do estado de calamidade pública frente à pandemia.

Última cotação do dólar

Assim como o dólar hoje, na última sessão, quarta-feira (28), a moeda encerrou em forte alta de 1,43%, negociado a R$ 5,7630.

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Arthur Guimarães

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