Dólar sobe 0,966%, acima dos R$ 5,46, com tensões entre EUA-China

O dólar subiu 0,966% e encerrou as negociações desta desta segunda-feira (10) cotado a R$ 5,4649, impulsionado pelo fortalecimento da moeda estadunidense no exterior em meio a tensões sino-americanas.

O dólar começou a semana estimulado pelos ruídos da guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo. Nesse sentido, o mercado esteve atento ao decreto do presidente Donald Trump, que acelera a venda do TikTok e do WeChat nos Estados Unidos, assim como às sanções que ambos os países se estabeleceram.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil e de outros vários países da América Latina. Todas as principais moedas da região se desvalorizaram neste pregão.

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Além disso, os investidores também estiveram de olho nos decretos assinados pelo presidente norte-americano para apoiar a economia até que um estímulo mais concreto possa ser aprovado, depois do fracasso nas negociações entre a Casa Branca e o Congresso em relação a novas medidas de estímulo.

O Banco Central (BC) realizou nesta sessão leilão de swap tradicional de até 10 mil contratos. Os papéis possuem vencimento para novembro de 2020 e março do ano seguinte.

Desse modo, veja as notícias que movimentaram o mercado de câmbio neste início de semana:

  • Boletim Focus prevê baixa de 5,62% do PIB em 2020
  • EUA sancionam autoridades chinesas; China retalia
  • OMS critica “vasto déficit global” de recursos no combate a pandemia

Boletim Focus vê queda de 5,62% do PIB em 2020

Os especialistas responsáveis pela elaboração do Boletim Focus cortaram, mais uma vez, suas projeções para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, de 5,66% para 5,62%. Há quatro semanas, as estimavas eram de uma contração de 6,10%.

Dessa forma, essa consiste na sexta semana consecutiva de melhora nas estimativas. No primeiro trimestre deste ano, a economia do País caiu 1,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro.

Para 2021, os economistas permanecem com a previsão de um crescimento de 3,50% pela décima semana consecutiva.

Tensões sino-americanas

Os Estados Unidos impuseram sanções a alguns dos principais funcionários de Hong Kong e às principais autoridades da China para penalizar o país asiático por implementar um maior controle sob a província autônoma.

As medidas do Departamento do Tesouro dos EUA têm como alvo Carrie Lam, a presidente-executiva de Hong Kong, nomeada por Pequim, e diversos funcionários atuais e ex-funcionários responsáveis ​​por implementar a decisão do governo chinês de exercer maior controle sobre a ex-colônia britânica.

A China, por sua vez, partiu em retaliação e informou que irá sancionar 11 cidadãos norte-americanos. Entre eles estão os senadores do Partido Republicano, Marco Rubio, Ted Cruz, Tom Cotton, Pat Toomey e Josh Hawley, além do deputado Chris Smith e integrantes de organizações não governamentais.

OMS critica déficit global de recursos

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que há um “vasto déficit global” entre os recursos necessários para combater a pandemia do novo coronavírus e o montante exigido.

Segundo Adhanom, a OMS possui somente 10% do financiamento de bilhões de dólares preciso. “Apenas para as vacinas, mais de 100 bilhões de dólares serão necessários”, destacou.

“Parece muito dinheiro e realmente é”, ponderou o diretor. “Mas é pouco em comparação com os 10 trilhões de dólares que já foram investidos por países do G20 em pacotes de estímulo fiscal para lidar com as consequências da pandemia até agora”.

Última cotação do dólar

Na sessão da última sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 1,305%, negociado a R$ 5,4126 na venda.

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Arthur Guimarães

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