Balanços da semana

Dólar abre em queda; recuperação europeia e petróleo no radar

O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (27). O mercado está atento ao pacote de estímulos europeu para fazer frente à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Por volta das 9h30, o dólar operava em queda de 0,733%, sendo negociado a R$ 5,3206 na venda. De acordo com a “Bloomberg”, a Rússia irá desacelerar seus cortes de petróleo em julho, segundo o acordo da Opep+.

Além disso, segue no radar dos investidores o rating ‘default restrito’ atribuído à Argentina pela agência de classificação de risco Fitch na última terça-feira (26).

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Europa contra o coronavírus

A Comissão Europeia têm avaliado mais um pacote de ajuda ao continente para fazer frente ao coronavírus. De acordo com Paolo Gentiloni, comissário europeu, em sua conta pessoal no Twitter, o braço executivo da União Europeia (UE) irá propor um plano de estímulos fiscais de até 750 bilhões de euros (cerca de R$ 4,36 trilhões), um esforço jamais visto para combater os impactos econômicos da doença.

A França, uma das maiores economias do continente, anunciou que as medidas promovidas pelo governo para o combate da crise para impulsionar a economia custaram 450 bilhões de euros (cerca de R$ 2,6 trilhões).

O valor é equivalente a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo afirmou o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, na última segunda-feira (25).

Não obstante, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou na última terça-feira um plano histórico de 8 bilhões de euros (cerca de R$ 46,96 bilhões) em suporte ao setor automobilístico.

A indústria automobilística francesa, que emprega diretamente 400 mil pessoas, registrou um tombo de 88,8% nas vendas em abril na relação com o mesmo período de 2019.

Rússia irá desacelerar cortes na produção de petróleo

A Rússia começará a desacelerar os cortes da produção de petróleo em julho, seguindo os termos do acordo da Opep+ (grupo dos principais países exportadores de petróleo, junto a parceiros) levantado em abril, de acordo com a agência de notícias “Bloomberg”.

No mês passado, a Opep+ fechou um acordo histórico para diminuir a oferta pela commodity em meio à queda da demanda oriunda da pandemia do coronavírus. Os preços do petróleo apresentam forte queda em 2020.

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Ficou acordado que os cortes diminuiriam a partir de julho. Entretanto, desde então, a Arábia Saudita procura sustentar o mercado com cortes extras e aliados do Golfo fizeram o mesmo.

Por volta das 9h55 desta quarta-feira, o petróleo WTI no mercado futuro operava em queda de 2,33%, cotado a US$ 33,55. Já o petróleo Brent apresentava um recuo de 2,10%, negociado a US$ 35,39.

Argentina em ‘default restrito’

A Fitch, agência de classificação de risco, rebaixou o rating de crédito da Argentina de “C” para “default restrito”. A informação foi divulgada nesta terça-feira (26).

“Isso marca um evento de default de acordo com os critérios da Fitch” acerca dos ratings soberanos, segundo a Fitch nesta terça-feira. A nota de crédito da moeda local da Argentina foi mantida em “default restrito”.

Na última sexta-feira (22), a Argentina deixou de pagar US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,68 bilhões) em juros de três bônus soberanos já atrasados, resultando no nono calote soberano de sua história.

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A inadimplência dos três títulos aconteceu no momento em que as negociações para a reestruturação da dívida externa de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 347,62 bilhões) foram intensificadas. Segundo o ministro da Economia do país, Martín Guzmán, as negociações estavam em um patamar positivo, embora ainda “distantes” do acordo.

Última cotação do dólar

Na sessão da última terça-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 1,797%, negociado a R$ 5,3599 na venda.

Jader Lazarini

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