Dólar encerrou o pregão em queda de 0,225%, a R$ 5,5942

O dólar encerrou nesta segunda-feira (24) em queda de 0,225%, negociado a R$ 5,5942 na venda, movido pela reação do mercado ao anúncio de Trump sobre o tratamento para coronavírus (covid-19).

O dólar hoje operava negativamente pela manhã, sendo negociado a R$ 5,5737. O mercado internacional está atento ao desdobramento do uso emergencial de plasma para tratamento de covid-19. O presidente dos EUA espera acelerar os trâmites para autorizar a aplicação do imunizante antes das eleições presidenciais.

O movimento de queda na moeda norte-americana ocorreu apesar do anúncio do governo brasileiro, no qual adia o pacote com medidas econômicas, conhecido como “megapacote”. O ministro da Economia, Paulo Guedes irá lançar o Renda Brasil, medidas para geração de empregos, novos marcos legais e ações para corte de gastos. Essas ações fazem parte do programa batizado pelo governo de Pró-Brasil.

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Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa segunda-feira:

  • Boletim Focus: Mercado prevê queda de 5,46% do PIB em 2020;
  • BofA indica otimismo com preços das ações no Brasil;
  • Privatizações devem ter papel melhor em 2021, diz Maia;

Boletim Focus: Mercado prevê queda de 5,46% do PIB em 2020

De acordo com o Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (24), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá recuar 5,46% em 2020. Caso a projeção se confirme, este será o pior ano para a economia brasileira no último século. Essa é a oitava semana consecutiva em que os especialistas do mercado financeiro, ouvidos pelo Banco Central (BC), estimam uma queda menos intensa do PIB que no relatório anterior. Há quatro semanas, a previsão era de um tombo de 5,77%.

No início do ano, o Boletim Focus previa uma alta de 2,30% do PIB deste ano, na sequência dos crescimentos registrados desde 2017. Entretanto, o mercado, assim como o Banco Central, não esperavam os fortes efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na atividade econômica global.

Saiba mais: Boletim Focus: Mercado prevê queda de 5,46% do PIB em 2020

Segundo o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), o PIB brasileiro recuou 1,5% no primeiro trimestre; o resultado do segundo trimestre, período que deve abranger as medidas de contenção ao vírus de forma mais ampla, será divulgado em 1º de setembro. Para o ano que vem, o relatório Focus permanece com a previsão de que a economia do País subirá 3,5% — mesma estimativa das últimas 12 semanas.

Relatório do BofA movimentou o dólar hoje

Os analistas do banco norte-americano Bank of America indicaram nesta segunda-feira (24) que apesar da complicada situação fiscal, os preços das ações no Brasil podem ser favoráveis para investidores.

De acordo com um relatório realizado pelo banco, a situação fiscal do Brasil é considerada um entrave para a valorização da bolsa de valores de São Paulo (B3). Isso se deve ao fato do país ter a terceira pior configuração em termos econômicos entre os grandes emergentes. Entretanto, as ações brasileiras podem estar melhor posicionadas para uma maior valorização, quando comparadas às concorrentes.

“Apesar da deterioração da situação fiscal, acreditamos que o Brasil está bem posicionado para superar o resto dos mercados emergentes, dado o foco menor em ações de crescimento, valuations não muito esticados, desempenho inferior no ano e crescimento de lucro por ação (EPS). De acordo com as estimativas de consenso, espera-se que a recuperação do EPS no Brasil seja mais íngreme em comparação com a maioria de suas contrapartes dos grandes mercados emergentes”, informaram os analistas.

Privatizações devem ter papel melhor em 2021, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse, nesta segunda-feira (24), que a agenda de privatizações deve ter um papel melhor no Congresso em 2021. Segundo ele, seus últimos meses no cargo devem ser voltados ao pacote de reformas. Os parlamentares escolherão, em fevereiro, novos membros para a presidência da Câmara e do Senado.

“Minha opinião é que [a agenda de privatizações] vai ter um papel melhor a partir do próximo ano. Devemos focar no teto de gastos, na tributária e na administrativa”, afirmou Maia, em entrevista para a Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.

Saiba mais: Privatizações devem ter papel melhor em 2021, diz Maia

Para ele, “não adianta arranjar receita extraordinária se não resolver a estrutura do estado e a simplificação do sistema tributário. A primeira parte da reforma tributária foi entregue pelo ministro da Economia Paulo Guedes no fim do mês passado. A reforma administrativa, por sua vez, “ficou para o ano que vem“, segundo o presidente Jair Bolsonaro.

Última cotação do dólar

Na sessão de sexta-feira (21), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,966%, negociado a R$ 5,6068 na venda.

Daniel Guimarães

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