Dólar encerra em alta de 0,608% após corte de juros do Fed

O dólar encerrou, nesta quarta-feira (18), em alta de 0,608% sendo vendido a R$ 4,1028.

O dólar subiu devido a vários fatores. O principal deles, o anúncio de corte de juros feito pelo Federal Reserve (Fed) em 0,25%.

Além disso, contribuíram para a alta:

  • a retomada nas negociações entre EUA e China
  • a expectativa de corte na taxa Selic, passando de 6% para 5,5%.
  • a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o Irã

Fed decide cortar taxa básica de juros em 0,25%

O Federal Reserve (Fed) decidiu cortar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta. O Banco Central dos Estados Unidos deixou a taxa dos Fed Funds no intervalo entre 1,75% e 2%.

Saiba mais: EUA: Fed decide cortar taxa básica de juros em 0,25%

Este é o segundo corte realizado pelo Fed em menos de 60 dias. A decisão foi tomada pelos sete membros do comitê de política monetária do Banco Central dos EUA. Sendo eles:

  • Jerome Powell, presidente do Fed;
  • John Williams;
  • Michelle Bowman;
  • Lael Brainard;
  • Richard Clarida;
  • Charles Evans;
  • Randal Quarle.

O Fed afirmou que a economia dos Estados Unidos está caminhando no sentido certo, com a criação de empregos e a baixa inflação. Portanto, a autoridade monetária não deu sinais de mais cortes em um futuro próximo, como requisita o presidente norte-americano, Donald Trump.

China e EUA retomam as negociações

Os Estados Unidos e a China demonstraram nas últimas semanas a possibilidade de um acordo comercial entre os países. Com o objetivo de retomar as negociações, o vice-ministro das Finanças chinês, Liao Min, desembarca nos EUA nesta quarta.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Fundos-Imobiliarios-Desktop-1.jpg

O presidente americano Donald Trump informou na última terça-feira (17) que há possibilidade de um acordo comercial com a China antes das eleições. Além disso, acrescentou que se o tratado vier depois, seria em termos “muitos piores”.

Saiba mais: China e EUA retomam as negociações nesta quarta-feira

“Acho que haverá um acordo em breve, talvez antes da eleição, ou um dia após a eleição. E se for depois da eleição será um acordo como você nunca viu, será o melhor acordo e a China sabe disso”, disse Trump.

“Eles acham que eu vou ganhar. A China acha que vou ganhar tão facilmente e eles estão preocupados porque eu disse a eles: ‘Se for depois das eleições, será muito pior do que é agora’. Eu disse a eles. Eles gostariam de ver algum outro ganhar? Absolutamente não”, salientou o mandatário dos EUA .

Expectativa de redução da Selic a 5,5%

O mercado nacional está atento ao anuncio do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a decisão de juros. Especialistas prevem um recuo de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic), para 5,5% ao ano.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/11/78487513-relatorio-ambev-2.0.png

No dia 31 de julho, o Copom decidiu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. A taxa que era de 6,5% agora é de 6%.

Trump dá declaração sobre Irã

Nesta quarta, Trump disse que ordenou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, a aumentar substancialmente as sanções impostas contra o Irã.

O movimento é em retaliação aos ataques às instalações petroleira da Saudi Aramco, empresa que mais lucra no mundo. Os ataques são, possivelmente, de autoria iraniana.

I have just instructed the Secretary of the Treasury to substantially increase Sanctions on the country of Iran!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 18 de setembro de 2019

Os EUA já aplicam sanções generalizadas que prejudicam a economia do Irã anteriormente. Os principais momentos foram quando Trump, cumprindo sua promessa eleitoral, retirou o país do acordo nuclear de 2015.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (17), o dólar encerrou o pregão em queda de -0,306% sendo vendido a R$ 4,0780.

Rafael Lara

Compartilhe sua opinião