Balanços da semana

Dólar abre em alta de 0,5%; indicadores econômicos no radar

O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (15). O mercado está atento aos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) expressos nos indicadores econômicos.

Por volta das 9h40, o dólar operava em alta de 0,529%, sendo negociado a R$ 5,851. O IBC-BR, considerado a prévida do PIB, caiu 5,9% março, em comparação a fevereiro, na série com ajuste sazonal.

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Além disso, segue no radar dos investidores as tensões entre China e Estados Unidos, com o presidente estadunidense ameaçando romper o diálogo com a potência asiática.

IBC-Br

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 5,9% em março. A informação foi divulgada pelo BC nesta sexta-feira.

Na relação anual, o IBC-Br recuou 1,52%, enquanto especialistas previam uma queda de 2,4% nesta mesma base comparativa. Em fevereiro, o indicador havia subido 0,35% na comparação mensal, enquanto na relação anual a alta era de 0,6%.

A economia brasileira demonstra seus primeiros impactos sofridos pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a nova doença uma pandemia, em 11 de março, estados e municípios passaram a implementar medidas de distanciamento social, com o intuito de mitigar a disseminação do vírus.

O IBC-Br foi criado pela instituição monetária central para apresentar, mensalmente, a tendência de evolução da economia.  O PIB, trimestral, tem próxima divulgação prevista para o dia 29 de maio. O indicador cresceu 0,5% no último trimestre de 2019 ante os três meses anteriores. No último ano, a alta foi de 1,1% em relação a 2018.

PIB da zona do euro

O PIB da zona do euro caiu 3,8% no primeiro trimestre deste ano, em comparação aos últimos três meses do ano passado. Essa é a maior queda trimestral desde 1995, início da série histórica. As informações revisadas foram divulgadas nesta sexta-feira pela agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat.

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O resultado oficial está alinhado com o que analistas consultados pelo jornal “The Wall Street Journal” estimavam. Em relação ao período de janeiro a março de 2019, a queda é de 3,2%.

Ainda segundo a Eurostat, devido à crise gerada pela pandemia, a taxa de desemprego dos países da zona do euro subiu, em média, para 7,4% em março, frente a taxa de 7,3% em fevereiro. No primeiro trimestre do ano passado, a taxa era de 6,6%.

Relação entre EUA e China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou na última quinta-feira (14) romper as relações com a China e afirmou que não irá falar com o presidente chinês Xi Jinping.

As tensões entre as duas maiores potências do planeta foram fomentadas após o presidente norte-americano culpar a China pela pandemia. Além disso, os países travam uma guerra comercial há dois anos.

“Tenho uma relação muito boa, mas agora não quero falar com ele”, declarou o mandatário à Fox Business. O presidente norte-americano ainda afirmou estar “muito decepcionado” com a gestão da pandemia por parte do governo chinês.

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Quando questionado se os Estados Unidos poderia adotar medidas contra a potência asiática, Trump preferiu não dar mais detalhes. Mas, afirmou que “há muitas coisas que poderíamos fazer. Poderíamos fazer coisas. Poderíamos cortar todas as relações”.

O governo chinês, no entanto, nega as acusações de ocultação de informações verídicas acerca do surto ainda em seu início, defendendo que comunicou todas as informações á OMS o mais rápido possível.

Última cotação do dólar

Na sessão da última quinta-feira, o dólar encerrou as negociações com uma queda de 1,373%, cotado em R$ 5,8202.

Jader Lazarini

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