Dólar abre em queda de 1,2% após dados do desemprego dos EUA

O dólar abriu em forte queda nesta sexta-feira (5). A taxa de desemprego dos EUA em maio foi menor do que o esperado por economistas, com o país gerando mais de um milhão de postos de trabalho no mês.

Por volta das 9h30, o dólar operava em queda de 1,247%, sendo negociado a R$ 5,0675 na venda. O mercado está de olho nas medidas de estímulo à economia dos bancos centrais de todo o mundo.

Além disso, segue no radar dos investidores a emissão de títulos no mercado exterior pelo Tesouro Nacional.

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Desemprego nos EUA

De acordo com informações do Departamento do Trabalho dos EUA nesta sexta-feira, a taxa de desemprego no país caiu para 13,3% em maio. A expectativa era de que a taxa subisse para 19,3%, de 14,7% em abril. Isso faria com que os EUA observassem a pior taxa de desemprego do períod pós-Segunda Guerra Mundial.

Segundo o jornal “The New York Times”, economistas esperam que o desemprego passe a diminuir à medida que os estados reabram as economias e as empresas convoquem seus funcionários de volta ao trabalho. Entretanto, a recuperação econômica poderá ser mais demorada.

Na última quinta-feira (4), o Departamento do Trabalho informou que o número de solicitações do seguro-desemprego nos EUA foi de 1,877 milhão na semana encerrada em 30 de maio.

O total de pedidos apresentou uma desaceleração em comparação com o número registrado nas semanas anteriores. A previsão dos analistas da Bloomberg apontava para 1,84 milhão de solicitações.

Estímulos à economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na última quinta-feira que espera aprovar uma segunda rodada de estímulos econômicos de até US$ 1 trilhão (cerca R$ 5,6 trilhões). Apesar de ainda não ter tomado uma decisão final, Trump indicou que o aporte é necessário para reativar a economia norte-americana.

De acordo fontes do governo, o Senado havia concluído que o estímulo não passaria de US$ 1 trilhão, porém o mandatário disse que não quer se limitar a essa quantia. Segundo Trump, o gasto publico poderia ultrapassar esse limite considerando que a economia requer um pacote de infraestutura.

Além de incluir medidas parecidas às anunciadas no estímulo anterior, o governo estadunidense focará em trazer novas mudanças e mais benefícios para a população.

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O Banco Central Europeu (BCE), por sua vez, informou que irá expandir seu programa de estímulos à economia para 1,35 trilhão de euros (cerca de R$ 7,68 trilhões) no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Em comunicado, o BCE informou que compraria 1,35 trilhão de euros em dívidas governamentais e corporativas até junho do ano que vem. Os pagamentos dos títulos vencidos serão reinvestidos até o final de 2022. Além disso, a principal taxa de juros da zona do euro foi inalterada, permanecendo em 0,5%.

Captação externa do Tesouro

O Tesouro Nacional informou, na última quarta-feira (3), que realizou a emissão de US$ 3,5 bilhões (cerca de R$ 17,8 bilhões) em títulos da dívida externa no mercado internacional.

Os recursos, segundo o governo, vieram da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em junho de 2025 (US$ 1,25 bilhão) e vencimento em junho de 2030 (US$ 2,25 bilhões).

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Segundo o Tesouro, a taxa obtida na emissão dos papéis de dez anos, com vencimento em 2030, somou 4% ao ano. Embora os juros estejam maiores que o da última emissão desse tipo de papel, em novembro de 2019, continuam inferiores aos 4,7% ao ano obtidos na penúltimo emissão, em março de 2019.

Última cotação do dólar

Na sessão da última quinta-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 0,891%, negociado a R$ 5,1315 na venda.

Jader Lazarini

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