Dólar abre em alta; coronavírus e vendas do varejo no radar

Após renovar a máxima histórica, na última terça-feira (11), o dólar abriu esta quarta-feira (12) em alta.

Por volta das 9h20, o dólar variava positivamente 0,229% sendo negociado a R$ 4,3356. O mercado está atento às novas informações de uma possível desaceleração na contaminação pelo coronavírus.

Além disso, segue no radar dos investidores o resultado das vendas do varejo brasileiro em dezembro do ano passado e o acordo entre Brasil e Paraguai.

Coronavírus

Os mercados internacionais operam em alta após as informações de que a velocidade de contaminação do coronavírus (Covid-19) pode estar mais contida.

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Em entrevista à agência de notícias “Reuters”, o epidemiologista chinês Zhong Nanshan, responsável por combater o vírus Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), em 2003, disse que que o surto da nova epidemia poderá atingir seu pico entre a metade e o final deste mês e terminar em abril.

Segundo o banco norte-americano J.P. Morgan, o Produto Interno Bruto (PIB) da China, que antes deveria ser de 4,9% no primeiro trimestre deste ano, deverá ser de 1%, devido ao impacto do coronavírus.

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De acordo com a Capital Economics, consultoria de estudos econômicos sediada em Londres, a epidemia poderá custar cerca de US$ 280 bilhões (R$ 1,20 trilhão na cotação atual) à economia de todo o mundo.

Vendas no varejo

Em dezembro do ano passado, o volume de vendas do comércio varejista caiu 0,1%, em comparação com novembro, na série com ajuste sazonal. O resultado interrompeu uma sequência de sete meses seguidos de crescimento, período que acumulou ganho de 3,5%.

Na série desconsiderando o ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu de 2,6% em relação a dezembro do ano anterior. Dessa forma, o varejo de 2019 registrou um crescimento de 1,8% em comparação com o ano anterior.

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Na passagem de novembro para dezembro do ano passado, as quedas mais significativas foram:

  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%)
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,0%)
  • Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%)

Acordo de livre comércio

O Brasil e o Paraguai assinaram, na última terça-feira (11), um acordo de livre comércio para o setor automotivo. A celebração do tratado foi informado, em nota, pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Segundo o Itamaraty, o comércio de produtos automotivos entre os países somou, no ano passado, US$ 650 milhões (R$ 2,81 bilhões). Segundo o acordo, os brasileiros abrirão o mercado imediatamente para os produtos paraguaios.

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Assim também o Paraguai abrirá o mercado, entretanto, com alguns termos estabelecidos. Os produtos que atualmente estão sujeitos a uma tarifa de até 2% serão comerciados livremente. Para os demais bens haverá margens de preferência tarifária crescente até 2022.

Última cotação do dólar

Na última sessão, na terça-feira (11), o dólar encerrou em alta de 0,134%, cotado a R$ 4,3256 na venda.

Jader Lazarini

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