Dólar bate R$ 4,40 após novas confirmações de coronavírus fora da China

O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (21). Novos casos do coronavírus (Covid-19) confirmados fora da China voltam a preocupar os mercados de todo o mundo.

Por volta das 9h20, o dólar variava positivamente a 0,26% sendo negociado a R$ 4,4012. O BC divulgou seu resultado positivo em 2019. O balanço foi aprovado pelo CMN.

Além disso, os investidores estão de olho no pagamento da dívida argentina junto ao FMI. Cerca de US$ 44 bilhões foram captados sob a gestão de Mauricio Macri.

Coronavírus

As autoridades chinesas anunciaram, nesta sexta-feira, mais 118 mortes causadas pelo coronavírus na província de Hubei, considerada o epicentro da epidemia. O governo da China informou que, no total, já morreram 2,2 mil pessoas no país.

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A doença, no entanto, passa a chegar de forma mais incisiva em outros países. A Coréia do Sul já registrou mais de 200 casos e na última quinta-feira registrou a primeira morte. Além dessa, foram confirmadas outras seis mortes fora do território chinês: Filipinas (1), Japão (3), França (1) e Irã (1).

Além disso, autoridades de Israel confirmaram, nesta sexta-feira, o primeiro caso da epidemia no país, referente a um passageiro que foi posto em quarentena no cruzeiro “Diamond Princess”, antes de ser repatriado esta semana para Israel.

Resultado positivo

De acordo com o balanço aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco Central (BC) atingiu um resultado positivo de R$ 64,53 bilhões no segundo semestre do ano passado. Dessa forma, no acumulado anual, a autoridade monetária central brasileira terminou 2019 no azul em R$ 85,57 bilhões.

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Responsável pela maior parte do lucro do BC neste período, as operações cambiais computam a valorização, em reais, das reservas internacionais e perdas e ganhos com derivativos cambiais. No segundo semestre, somente o ganho neste segmento foi de R$ 42,64 bilhões.

De acordo com as novas regras aprovadas pelo Congresso no ano passado, esse valor será destinado à criação de uma reserva que deverá ser usada pelo BC em momentos de prejuízos com suas operações cambiais.

Dívida argentina

O presidente do BC da Argentina declarou, na última quinta-feira, que “é possível” a suspensão dos pagamentos da dívida externa. Miguel Pesce, no entanto, salientou que há “poucas possibilidades” que isso ocorra.

O presidente da autoridade monetária central argentina se referiu à tentativa de renegociação do debito de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 435 bilhões).

O governo do presidente Aberto Fernández recebeu suporte do Fundo Monetário Internacional (FMI) na negociação com os credores. A organização internacional informou que a operação deve proporcionar uma “contribuição apreciável” por parte dos detentores de bônus da dívida.

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“Estamos em uma negociação, o governo vai fazer uma oferta, e essa oferta pode ser aceita ou rejeitada. Mas o governo não vai aceitar nenhum tipo de proposta que não seja sustentável no curto prazo e no longo prazo”, declarou Pesce, em entrevista à rádio La Red de Buenos Aires.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira (20), o dólar encerrou em alta de 0,593%, negociado a R$ 4,3916.

Jader Lazarini

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