Dólar abre em leve queda, de olho na tensão sino-americana

O dólar abriu em queda nesta sexta-feira (24). Por volta das 9h30, a moeda estadunidense operava negativamente 0,23%, sendo negociada a R$ 5,201 na venda, atenta às tensões geopolíticas entre China e Estados Unidos.

Nesta madrugada, Pequim determinou o fechamento de um consulado norte-americano no sudoeste do país, o que deixou os investidores atentos à uma nova escalada da tensão entre as potências econômicas, o que pode impactar na cotação do dólar.

Além disso, o mercado segue atento ao andamento da reforma tributária e dados que indiquem a recuperação da atividade econômica do Brasil em meio à pandemia.

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China escala tensão com os EUA

O governo da China determinou, na madrugada desta sexta-feira, o fechamento do consulado dos Estados Unidos em Chengdu, sudoeste do país. Pequim retalia a decisão norte-americana pelo fechamento do consulado chinês em Houston, na última quarta-feira (22).

O Ministério das Relações Exteriores da gigante asiática afirmou, em nota, que o fechamento do consulado foi uma “resposta legítima e necessária ao ato injustificado dos Estados Unidos”. Os diplomatas instalados no consulado de Chengdu têm 30 dias para deixar o país.

Wenbin, disse, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, que alguns funcionários do consulado “se envolveram em atividades inconsistentes com sua capacidade, interferiram nos assuntos internos da China e prejudicaram os interesses de segurança nacional da China”.

Em função da elevada tensão e incertezas acerca dos riscos geopolíticos, a bolsa de Xangai, na China, encerrou o pregão nesta quarta-feira caindo quase 4%. Os futuros de Nova York, de forma similar, operam em queda nesta manhã.

A decisão eleva a tensão entre os países, agravada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), crescimento da tecnologia 5G chinesa no mundo e a interferência da China em Hong Kong.

Guedes posterga discussão sobre CPMF

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse para deixar as discussões da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) para depois.

“Eu tenho minha opinião [sobre a CPMF] e o ministro disse: deixa isso para depois, vamos debater aquilo que nos une”, declarou o parlamentar em entrevista à imprensa, após reunião com chefe da pasta econômica.

O deputado afirmou que a reunião foi um gesto de reconciliação e, quando perguntado sobre a recriação do tributo defendida pelo chefe da Economia, ressaltou que somente assuntos de consenso foram tratados.

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O deputado e o ministro tiveram um almoço na semana passada para fazer uma reaproximação após meses de embate. O novo encontro serviu para os dois manterem o diálogo e mostrarem que estão unidos para trabalhar na aprovação das agendas que o Brasil necessita, afirmou Maia.

Financiamento de imóveis sobe em junho

Dados da Associação da Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que o brasileiro está comprando mais imóveis, apesar do nível de confiança estar abalado devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Segundo a associação informou nessa quinta-feira (23), o volume de financiamento imobiliário, com patrimônio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) cresceu 29,9% em junho, ante maio e 52,8% na comparação anual atingindo R$ 9,27 bilhões.

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De acordo com a presidente da Abecip, “houve piora da confiança, mas percebemos uma retomada bem importante nas vendas. Pode ser pelo elevado déficit habitacional do País, valores atrativos de imóveis, pela valorização esperada ou pelo consumidor já ter planejado a aquisição”, e completou dizendo que “o setor está reagindo muito bem a esse momento”.

Entre janeiro e junho desse ano, a associação explicou que os empréstimos para compra e construção de imóveis alcançaram R$ 43,35 bilhões, um aumento de 28,6%, ante ao primeiro semestre de 2019.

Última cotação do dólar

Na sessão da última quinta-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 1,938%, negociado a R$ 5,2134 na venda.

Jader Lazarini

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