Dólar bate novo recorde e fecha cotado em R$ 5,8657

O dólar encerrou nesta terça-feira (12) em alta de 0,713%, negociado a R$ 5,8657 na venda, batendo novo recorde nominal.

A alta do dólar foi motivada após um vídeo, que está no Supremo Tribunal Federal (STF), do presidente Jair Bolsonaro gerar instabilidade política e assustar os estrangeiros com o risco de um novo impeachment.

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Além disso, confira as notícias que movimentaram o mercado nessa terça-feira:

  • FMI: custo de errar com a reabertura econômica pode ser grande;
  • Coronavírus trouxe colapso econômico sem precedentes, diz OCDE;
  • Copom pode fazer corte de até 0,75 pp na Selic na próxima reunião;
  • Última cotação do dólar.

FMI: custo de errar com a reabertura econômica pode ser grande

O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nessa terça-feira (12) que está observando o processo de reabertura da economia que está acontecendo nos continentes asiático e europeu e salientou que as autoridades optaram por uma retomada gradual somada a mais medidas de prevenção contra o novo coronavírus (Covid-19).

De acordo com o texto publicado no site do Fundo e assinado pelo diretor do Departamento de Ásia e Pacífico do FMI, Chang Yong Rhee, e pelo diretor do Departamento Europeu do Fundo, Poul M. Thomsen, com a falta de um tratamento eficaz contra a nova doença, ou até mesmo uma vacina, as autoridades terão que se equilibrar entre os possíveis custos de uma maior disseminação do vírus e os benefícios da retomada da economia.

Segundo o texto, as duas regiões “estão diante de escolhas difíceis, em parte porque os custos de errar em uma direção ou noutra pode ser muito grande”, se referindo a reabertura econômica e a disseminação do vírus. Entretanto, alguns países asiáticos já até obtiveram algum sucesso na retomada.

Segundo OCDE, coronavírus trouxe colapso econômico sem precedentes

De acordo com indicadores da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) trouxe um “colapso sem precedentes” nas maiores economias do mundo em abril. Dentre os países, Brasil e Rússia estão entre as maiores baixas.

Os Indicadores Compostos Avançados (CLI, na sigla em inglês) demonstraram que o coronavírus trouxe um “impacto severo” para as economias mais fortes do planeta, na sua produção, consumo, e confiança dos empresários e consumidores.

Saiba mais: Coronavírus trouxe colapso econômico sem precedentes, diz OCDE

O indicador procura prever os momentos de virada da atividade econômica em comparação a sua tendência de seis a nove meses anteriores. Ele não procura exprimir a contração da atividade econômica do país, mas sim, trazer um panorama do que virá à frente.

De acordo com a organização, em abril, com exceção da China, todas as economias industrializadas e seis grandes emergentes enxergaram uma “forte desaceleração” de sua atividade.

Copom pode fazer corte de até 0,75 pp na Selic

e acordo com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (12), poderá haver mais um corte na taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião. Segundo informações da ata, este corte poderá ser de até 0,75 ponto percentual.

O Banco Central destacou na ata do Copom, entretanto, que as próximas decisões monetárias levarão bastante em consideração o andamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Leia mais: Copom pode fazer corte de até 0,75 pp na Selic na próxima reunião

“Para a próxima reunião, condicional ao cenário fiscal e à conjuntura econômica, o comitê considera um último ajuste, não maior do que o atual, para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da covid-19”, informou a ata do Copom.

O BC também informou, no documento, que reconheceu “a importância de gradualismo na condução da política monetária para avalia a resposta dos preços de ativos financeiros”.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira, o dólar encerrou em alta de 1,465%, sendo negociado a R$ 5,80.

Laura Moutinho

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