Dolar opera em alta devido a turbulência na política nacional

Nesta sexta-feira (17) o dólar opera em alta devida a turbulência na política nacional.

Por volta das 9h15, o dólar registrava uma variação de 0,495% sendo negociado a R$ 4,0561. O mercado continua atento as tensões na política nacional, após a demissão do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep). Além disso, a guerra comercial entre EUA e China continuam no radar dos investidores.

Ademais, investidores estão atento a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre ser possível rever preços da Petrobras.

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Política nacional

O presidente Inep pediu demissão na quinta-feira (16). A saída de Elmer Coelho Vicenzi é a primeira baixa da gestão do novo ministro Abraham Weintraub.

O delegado da Polícia Federal permaneceu na presidência da autarquia por 24 dias.

A informação foi confirmada pelo Ministério da Educação. Vicenzi foi a terceira pessoa a ocupar a presidência do Inep desde o início da gestão Bolsonaro. O Inep é uma autarquia vinculada ao MEC. Dessa forma, o instituto é responsável pelas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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Além disso, na última quarta-feira (15), milhares de pessoas saíram às ruas em 172 cidades para manifestarem contra os cortes na educação.

Os cortes, estipulados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, correspondem a 30% das despesas discricionárias das universidades. Essa despesas são: luz, água, gastos com empresas terceirizadas de segurança e limpeza.

Nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro, afirmou que os estudantes eram “imbecis”.

Questionado sobre os manifestantes, Bolsonaro afirmou que “são uns idiotas úteis, uns imbecis, que estão sendo usados como massa de manobra de uma maioria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidade federais no Brasil“.

Esse cenário traz preocupação aos investidores pois demonstra a impopularidade e a falta de articulação do governo para aprovação de principais projetos.

China X EUA

As bolsas chinesas fecharam com quedas de 2,48%. O mercado chinês está a espera da resolução do acordo comercial entre a China e os Estados Unidos.

Na última quarta-feira (15), Donald Trump incluiu a Huawei em sua “lista negra”. O presidente assinou um decreto que proíbe empresas americanas de comprarem equipamentos de telecomunicações feitos por companhias consideradas como “risco à segurança nacional”.

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Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu ao banco central americano, Federal Reserve (Fed), que reduzisse as taxas de juros. De acordo com Trump, essa medida ajudaria a vencer a guerra comercial com a China.

Conforme o pronunciamento feito pelo governo chinês, a China e os Estados Unidos concordaram em continuar as negociações

Petrobras

Na última quinta-feira (16) o presidente Jair Bolsonaro disse que pode rever os preços da Petrobras desde que não haja prejuízos para estatal. Em sua transmissão ao vivo no Facebook, feito no Texas, o presidente disse que a população reclama sobre os preços “o tempo todo”.

“O pessoal reclama do preço da gasolina a R$ 5. E eles me culpam, atiram para cima de mim o tempo todo. O preço do combustível é feito pela Petrobras“, disse Jair Bolsonaro.

Além disso,o presidente completa afirmando que o preço “leva em conta o preço do barril de petróleo lá fora, bem como a variação do dólar. Lógico que se a gente puder rever isso aí sem prejuízo para a empresa, sem problema nenhum, às vezes, a política pode ter algum equívoco”.

Última cotação

Na última quinta-feira (16), o dólar encerrou em elevação de 1,011 %, negociado a R$ 4,0366.

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Poliana Santos

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