Dólar inicia em alta com guerra comercial e decisões do STF

O dólar inicia esta sexta-feira (8) em alta com novas informações sobre a guerra comercial e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por volta das 9h20, o dólar registrava variação de 0,484% sendo negociado a R$ 4,1128. O mercado está reagindo de forma mista à possibilidade de um acordo provisório que encerraria a primeira fase da disputa comercial.

Além disso, os investidores internacionais também estão atentos aos resultados do novo leilão da cessão onerosa.

Guerra comercial

O Ministério do Comércio da China comunicou, na última quinta-feira (7), que o país asiático e os EUA concordaram em cancelar em fases as tarifas adotadas durante sua guerra comercial. Apesar do comunicado, o Ministério não especificou um cronograma.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/08/1000x325-banner-renda-fixa.png

O planejamento é de que um acordo provisório sobre a guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do planeta possa incluir uma promessa dos norte-americanos de retirar as tarifas que devem entrar em vigor em 15 de dezembro em cerca de US$ 156 bilhões em importações chinesas.

Após o cancelamento da reunião da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC, na sigla em inglês), durante os dias 16 e 17 de novembro, onde era esperada a assinatura de um acordo preliminar entre Estados Unidos e China, os países negociam um novo local para tornar público o fim da primeira fase da negociação.

STF

Os investidores internacionais estão atentos ao noticiário político brasileiro. Na noite da última quinta, o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que derrubou a legalidade da prisão após a condenação em segunda instância, por 6 votos a 5. O próprio STF havia autorizado as prisões em 2016.

Dessa forma, os condenados com base na decisão anterior poderão recorrer aos juízes que expediram os mandados de prisão para serem soltos. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o julgamento poderá atingir quase cinco mil pessoas.

Saiba mais: Bolsonaro diz que possibilidade de sair do PSL é de 80%

Um dos beneficiados pela decisão é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Preso desde 7 de abril do ano passado, os advogados de Lula devem protocolar na Justiça Federal a sua soltura imediata.

À época, Lula havia sido condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.

Leilão da cessão onerosa

Após o leilão da última quarta (6), em que apenas a Petrobras (PETR3; PETR4) fez arremates, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou uma nova licitação de blocos do pré-sal na Bacia de Santos na última quinta.

Cinco áreas foram ofertadas, porém apenas uma foi vendida. Mais uma vez, a Petrobras foi a responsável pela compra. O negócio foi realizado junto a chinesa CNODC, com lance único. O Governo Federal esperava levantar R$ 7,85 bilhões, entretanto, foram arrecadados R$ 5,05 bilhões.

Confira: Modelo de partilha motivou falta de interesse na cessão onerosa, diz Guedes

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que “as áreas que não foram arrematadas continuam aí, eu acredito que em um futuro, que nós esperamos que seja próximo, essas áreas voltem a ser licitadas”.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira (7), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,287%, cotado a R$ 4,0935.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião