Dólar encerra em alta após China adiar acordo comercial

O dólar subiu nesta segunda-feira (14) após o governo da China informar que deseja ter novas negociações com os Estados Unidos antes de assinar o acordo comercial.

A moeda norte-americana encerrou em alta de 0,808%, negociada a R$ 4,1285. A cotação máxima do dólar foi de R$ 4,1375, por volta das 12h40. A mínima foi de R$ 4,1125, às 9h20.

No cenário externo, a autorização para que os Estados Unidos imponham tarifas retaliatórias em produtos da Europa movimentou o mercado. Além disso, o governo da Alemanha falou sobre uma possível recessão.

Acordo comercial

A China informou que deseja ter mais negociações para depois assinar a primeira fase do acordo comercial com os Estados Unidos.

Saiba mais: China quer mais negociações antes de assinar acordo comercial

A China deverá enviar uma delegação de negociadores, liderado pelo primeiro-ministro Liu He, para finalizar um acordo por escrito no próximo mês. Além disso, o país oriental quer que o presidente americano, Donald Trump, cancele um dos aumentos nas tarifas planejado para dezembro.

Os EUA e a China chegaram a um acordo parcial na última sexta-feira (11). Após o acordo, Trump informou em sua conta no Twitter, que concordou em não aumentar as tarifas que estavam previstas para a próxima terça-feira (15).

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“O meu acordo com a China é que eles começarão imediatamente a comprar grandes quantidades dos nossos produtos agrícolas, sem esperar que o acordo seja assinado nas próximas três ou quatro semanas”, publicou Trump.

OMC autoriza tarifas dos EUA

A Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou que os Estados Unidos imponham tarifas retaliatórias em produtos europeus.

Saiba mais: OMC oficializa aval em tarifas de US$ 7,5 bi dos EUA em produtos da UE

A OMC deu sinal positivo à medida após a reclamação dos EUA em relação a subsídios dados à fabricante de aviões Airbus. A decisão já havia sido divulgada no dia 2 de outubro, mas foi oficializada nesta segunda.

As tarifas atingirão a marca de US$ 7,49 bilhões, sendo distribuídas em:

  • 10% no valor de novas aeronaves vindas da União Europeia (UE);
  • 25% de sobretaxa em produtos agrícolas e industriais originados na Europa.

Possibilidade de recessão na Alemanha

O Ministério da Economia da Alemanha afirmou que é improvável que a economia do país entre em uma recessão prolongada, apesar do crescimento fraco.

Saiba mais: Ministério da Economia da Alemanha diz que recessão é improvável

A economia alemã deverá apresentar uma leve queda no terceiro trimestre deste ano, da mesma forma que no intervalo de abril a junho. O resultado é reflexo do enfraquecimento das exportações devido às incertezas ligadas ao Brexit, além de entraves comerciais.

A recessão técnica, que é esperada na próxima divulgação de resultados macroeconômicos, ocorrerá após nove anos consecutivos de crescimento, devido ao crescimento exponencial das exportações, sobretudo em direção à China.

Última cotação do dólar

Na última sessão, na sexta-feira (11), o dólar encerrou o pregão em queda de -0,684% vendido a R$ 4,095.

Giovanna Oliveira

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