Dólar abre em queda de 1,5%, cotado a R$ 5,30

O dólar inicia esta terça-feira (2) em queda com a reabertura das economias, protestos nos EUA e escalada de tensão geopolítica no radar.

Por volta das 9h30, o dólar variava negativamente a 1,51%, sendo negociado a R$ 5,3072. O mercado acionário está atento as novas políticas de reabertura na Europa.

Além disso, segue no radar dos investidores o sétimo dia de manifestações contra o racismo nos EUA e as tensões entre as duas maiores economias do mundo.

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Reabertura das economias

A partir da próxima quarta-feira (3), a Itália iniciará uma nova fase de reabertura. Serão permitidas viagens para outros países membros da União Europeia.

A França segmentou o país em áreas verdes e vermelhas. Os locais verdes apresentam baixo contágio e as atividades podem ser retomadas gradual. Áreas vermelhas devem permanecer com restrições. Portugal, Espanha e Reino Unido também anunciaram medidas de reabertura.

Protestos nos EUA

Além da pandemia do coronavírus, que causou o desemprego de aproximadamente 40 milhões de pessoas, os protestos contra o racismo estão no radar dos investidores.

Manifestantes voltaram às ruas dos EUA na última segunda, no 7° dia de protesto após a morte do ex-segurança George Floyd. Desde o início das manifestações ao menos cinco pessoas morreram.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ontem, que pode mobilizar militares para “acabar com protestos” que vê tomando conta do país.”Estou mobilizando milhares e milhares de soldados fortemente armados”.

“Se uma cidade ou estado se recusar a tomar as medidas necessárias para defender a vida e a propriedade de seus residentes, então enviarei as forças armadas dos Estados Unidos e rapidamente resolverei o problema para elas”, completou Trump.

EUA X China

O mercado acionário está atento a escalada de tensão entre as duas maiores economias do mundo.  O governo da China ordenou, na última segunda,  que as empresas agrícolas estatais interrompessem a compra de alguns produtos norte-americanos enquanto Pequim avalia as tensões com os Estados Unidos sobre Hong Kong.

Saiba Mais: China quer suspender compras de produtos agrícolas dos EUA, diz agência

Além disso, compradores chineses cancelaram encomendas de carne suína dos EUA. A suspensão é um sinal de que o acordo comercial entre as duas maiores potencias está em risco. No mês passado, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, reiterou a promessa de implementar o acordo assinado em janeiro, porém, as tensões continuaram a aumentar desde então.

No entanto, de acordo com a agência de notícias “Bloomberg”, os EUA venderam várias cargas de soja para clientes estatais da China. Portanto, é um sinal de que algumas transações ainda estão em andamento.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira, o dólar encerrou em alta de 0,822% cotado a R$ 5,3843.

Poliana Santos

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