Dólar abre em queda atento ao impacto do coronavírus na economia mundial

O dólar abre em leve queda nesta quarta-feira (8) com os impactos do coronavírus na economia mundial no radar.

Por volta das 9h30, o dólar variava negativamente a 0,178%, sendo negociado a R$ 5,374. O mercado está atento a repercussão da pandemia nas economias de todo o mundo.

Além disso, segue no radar do investidor as vendas no varejo no Brasil que apresentaram aumento em maio e o pacote de estímulos dos EUA que ficou para agosto.

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Coronavírus e a economia mundial

Os investidores estão atento ao impacto da pandemia do novo coronavírus (covid-19) na economia mundial.

A principal potência econômica registrou nas últimas 24 horas um novo recorde desde o início da pandemia, registrando 60 mil novas infecções, segundo a Universidade Johns Hokpins. Dessa forma, os Estados Unidos se aproximam de 3 milhões de casos no país.

Além disso, mais 1.100 norte-americanos morreram por coronavírus nas últimas 24 horas, elevando a 131.362 o número de vítimas fatais desde o início da crise mundial da saúde.

Diante dessa situação, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou na última terça-feira (7), que o aumento de casos no país está deixando os líderes empresariais preocupados.

“Estamos ouvindo isso mais e mais à medida que obtemos mais dados. As pessoas estão ficando nervosas de novo. Os líderes empresarias estão ficando preocupados. Os consumidores estão ficando preocupados. E há uma sensação real de que isso pode durar mais do que planejamos”, disse o presidente.

Além da preocupação da principal economia do mundo, outros países estão recorrendo a empréstimos com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A economista chefe do FMI, Gina Gopinath, afirmou que 100 dos 189 membros do organização entraram em contato para empréstimos com objetivo de reforçarem seus esforços em conter a disseminação do vírus e mitigar seu impacto econômico.

Vendas no varejo no Brasil

O comércio varejista registrou uma alta no volume de vendas em maio ante abril. O avanço nas vendas no varejo foi de 13,9% em relação ao mês anterior. Esta foi a maior alta da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2000. O crescimento acontece após o mês de abril registrar um recuo recorde de 16,3% em comparação a março. Os dados foram divulgados nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Saiba Mais: Vendas no Varejo avançam 13,9% em maio, diz IBGE

Na série sem ajuste sazonal, em relação a maio de 2019, o comércio varejista registrou uma queda de 7,2%. No acumulado do ano, as vendas no varejo tiveram queda de 3,9%. O acumulado nos últimos 12 meses, entretanto, permanece estável em 0,0%.

O avanço em maio indicou uma recuperação do comércio varejista depois de dois meses de queda por conta da pandemia de coronavírus e o isolamento social iniciado em março de 2020. O mês em questão apresentou taxas positivas em todas as oito atividades pesquisadas.

Pacote de estímulos dos EUA fica para agosto

O governo dos EUA anunciou na terça que busca a aprovação de outro pacote de estímulos no Congresso até a primeira semana de agosto. Segundo um assessor do vice-presidente estadunidense Mike Pence, o custo do apoio fiscal será de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,3 trilhões) ou menos.

Em uma entrevista ao jornal dos EUA, “Bloomberg”, o chefe de gabinete de Pence reafirmou a necessidade um novo estímulo, porém também defendeu o limite no gasto público.”Acho que queremos garantir que as pessoas que ainda estão desempregadas ou afetadas sejam protegidas, mas ao mesmo tempo, queremos levar em consideração o fato de que a economia está se recuperando e buscamos tentar conter os gastos”, disse ele.

Além disso, o assessor de Pence indicou que a Casa Branca considera as proteções e programas de dívida corporativa como “essenciais” para as empresas trazerem trabalhadores de volta e reabrirem totalmente a economia.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira, o dólar encerrou em alta de 0,626%, R$ 5,38.

Poliana Santos

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