Balanços da semana

Dívida pública cresce e chega a 90,7% do PIB

O Banco Central do Brasil divulgou hoje os números da dívida pública brasileira que, pelo décimo mês consecutivo, cresceu, alcançando 90,7% do Produto Interno Bruto (PIB). A quantia é a maior da série histórica, que começou a ser contabilizada em dezembro de 2006.

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A dívida pública brasileira vem subindo desde janeiro e acelerou em março por conta da pandemia do novo coronavírus, que levou o Governo Federal a aumentar gastos.

No primeiro mês do ano, a relação da dívida pública/PIB estava em 76,2% e, desde então, cresceu 14,9 pontos percentuais. Em setembro, ela chegou a 90% pela primeira vez na história.

No acumulado do ano, o crescimento da dívida pública é de  R$ 661,8 bilhões (9,13% do PIB). Para fins de comparação, até o mesmo período de 2019 esse número era de R$ 33 bilhões.

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Apesar do crescimento da dívida pública, em outubro, segundo o Banco Central, o setor público consolidado registrou o primeiro superávit nas contas desde janeiro. O resultado positivo de R$ 3 bilhões veio, principalmente, dos governos regionais (R$ 5,2 bilhões) e das empresas estatais (R$ 998 milhões). Recentemente, a Receita Federal divulgou que a arrecadação de impostos cresceu 9,5% em outubro.

O Governo Federal, que inclui o Tesouro Nacional, o Banco Central e a previdência, viu suas despesas superarem as receitas em R$ 3,2 bilhões.

O Tesouro Nacional projeta que o crescimento da dívida pública para o ano fique em R$ 856,7 bilhões. Já o Governo Central espera que ela cresça R$ 844,3 bilhões.

Diretor do Banco Central cobrou medidas para conter avanço da dívida pública

No começo do mês, Roberto Campos Neto, diretor do Banco Central manifestou preocupação com o crescimento do déficit e cobrou atitudes do Ministério da Economia, dizendo que o governo precisava mostrar um plano para a situação fiscal do país.

Após a cobrança, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, respondeu afirmando que o Governo Federal tem um plano para conter o crescimento da dívida pública e que Campos Neto “sabe disso”. O mal estar, entretanto, segundo o diretor do Banco Central, foi superado.

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Vitor Azevedo

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