Dívida Pública Federal subiu 3,27% em junho, somando R$ 4,390 tri

O Tesouro Nacional informou nessa quarta-feira (29) que a Dívida Pública Federal (DPF) brasileira ficou em R$ 4,390 trilhões em junho desse ano, o que representa um aumento de 3,27% ante maio.

Entretanto, a oscilação fugiu da meta do Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê uma variação entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões para o fim do ano. No mês passado as emissões da dívida pública federal foram de R$ 118,78 bilhões e os resgates de R$ 4,03 bilhões.

Por sua vez, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) cresceu 2,93% no mês passado, alcançando R$ 4,151 trilhões. Já a dívida federal externa cresceu 9,65% na comparação mensal, somando R$ 239,03 bilhões.

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Além disso, o percentual vincendo da dívida em 12 meses alcançou 23,30% da Dívida Pública Federal, enquanto em maio ficou em 23,25%. Já o prazo médio da DPF encerrou junho em 3,87 anos, contra 3,96 anos em maio.

Quando o método ‘Avarage Term to Maturity’ é aplicado, a média da DPF aumenta para 5,29 anos em junho, contra 5,41 anos no mês anterior.

Vale destacar que o custo médio acumulado durante os últimos 12 meses do estoque da Dívida Pública Federal encerrou o mês passado em 9,04% ao ano, enquanto em maio, registrava 8,98% ao ano. Em relação ao custo médio da DPMFi, o Tesouro informou que fechou junho em 7,52%, contra 7,62% em maio.

Frente a isso, o custo médio das Letras do Tesouro Nacional (LTN) foi de 5,70% em junho, ao passo que em maio foi 6,04%. O custo para colocação de Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) encerrou junho em 7,01% enquanto em maio alcançou 7,08%.

Por sua vez, as NTN-B custaram 5,06% ao ano no mês passado e 5,28% no mês anterior. As LFTs custaram 4,62% em junho, contra 4,89% em maio.

Veja também: Dívida Pública Federal subiu 2,17% em maio, totalizando R$ 4,250 tri

A participação de investidores estrangeiros na dívida pública também caiu de 9,11, para  9,09% em junho. Essa é a nova mínima percentual em mais de dez anos. O resultado é reflexo da redução da taxa básica de juros (Selic).

Vale lembrar que na mesma época em 2010, a Selic estava a 10,25% ao ano, enquanto em 2015 estava em 13,75% ao ano. Já nesse ano o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a  taxa para 2,25% ao ano, uma nova mínima histórica.

A redução da taxa básica de juros no Brasil foi mais acentuada do que no exterior, deixando menos atrativas as operações de carry trade.

Ademais, variaram em relação a maio:

  • Os fundos de investimento que tem participação de, 25,79% em junho, e apresentaram 25,85% em maio;
  • As instituições de previdência representando 24,47%, enquanto 24,88% em maio;
  • As instituições financeiras fecharam junho em 27,47% da DPMFi, e 26,77% em maio.
  • O governo variou de 3,97% para 3,89% em junho;
  • As seguradoras ficaram com 3,89% no mês passado, ante a 3,91% em maio.

Para o esse mês, o Tesouro apontou que o cenário continua a se mostrar positivo para uma recuperação econômica, e destacou a divulgação de um pacote de ajuda bilionário pelos países que integram a União Europeia (UE), “que ajudou a reforçar as perspectivas com relação à recuperação da atividade econômica. Internamente, a ênfase dada pelo governo à retomada da agenda de reformas e a diminuição da volatilidade cambial ajudaram a melhorar o ambiente de negócios”.

Dívida Pública Federal subiu 2,17% em maio

Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional, a Dívida Pública Federal apresentou um aumento de 2,17%, em termos nominais, de abril para maio. Foi registrado um estoque de R$ 4,250 trilhões no mês em questão.

Laura Moutinho

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