Dívida Pública Federal cresce 1,71% em fevereiro

A Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,71% em fevereiro em termos nominais. O aumento é calculado em relação ao resultado registrado em janeiro.

Em valor, a Dívida Pública Federal chegou a R$ 3,873 trilhões. Os dados foram informados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (27). Segundo as metas estabelecidas no Plano Anual de Financiamento (PAF), a DPF deveria oscilar entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões.

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Por sua vez, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registrou alta de 1,69% em fevereiro, chegando a R$ 3,731 trilhões. Enquanto a Dívida Federal Externa somou R$ 141,92 bilhões (US$ 37,96 bilhões). Um aumento de 2,24% na comparação com janeiro.

As emissões da DPF corresponderam a R$ 55,14 bilhões em fevereiro. Enquanto os resgates somaram R$ 19,1 bilhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 36,04 bilhões. Desse montante, R$ 36,5 bilhões são emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) e R$ 450 milhões são relativos a resgate da Dívida Pública Federal Externa.

O percentual da DPF que vence em 12 meses ficou em 15,57%, contra 15,67% registrados em janeiro. Em fevereiro, o prazo médio da DPF foi de 4,13 anos, contra os 4,18 anos registrados começo de 2019.

Como é composta a dívida pública

No período analisado pelo Tesouro, a porcentagem dos títulos pós-fixados na dívida pública subiu de 36,92% para 37,01%. Uma participação que deveria variar entre 38% e 42% esse ano, segundo quanto previsto na PAF.

Por sua vez, os títulos prefixados representaram 31,30% da dívida pública em fevereiro. Uma porcentagem em aumento em relação ao 30,92% registrado em janeiro.

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Os títulos relacionados a índices de preços representaram 27,85% do total, contra 28,34% do primeiro mês do ano. Por sua vez, os títulos ligados ao câmbio ficaram em 3,84%, contra os 3,82% do início de 2019. O PAF indica que esse ano os títulos prefixados devem registrar uma participação entre 29% e 33% do total. Por outro lado, os títulos ligados a índices de preços ficarão entre 24% e 28% da dívida pública. Por sua vez, os papéis ligados ao câmbio ficarão entre 3% e 7%.

Quem compra a dívida brasileira

A presença de investidores estrangeiros na dívida pública brasileira subiu em termos percentuais. Essa porcentagem passou de 11,80% em janeiro para 12,18% em fevereiro.

Segundo os dados do Tesouro Nacional, em valor absoluto, essa fatia passou de R$ 433,12 bilhões para R$ 454,61 bilhões.

No segundo mês do ano, os fundos de investimento registraram uma participação de 27,24%, contra o 27,06% registrado em janeiro. Enquanto as instituições de previdência fecharam com 24,56% da dívida, contra 25,02% registrados em janeiro.

As instituições financeiras foram responsáveis por 22,1% da dívida mobiliária, contra o 22,01% registado em fevereiro. As seguradoras ficaram com 4,19% em fevereiro contra o 4,24% no início de 2019. Em último, o governo respondeu por 4,12% da dívida pública, contra o 4,16% de janeiro.

Carlo Cauti

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