Dívida pública bruta deve chegar ao fim de 2020 entre 85% e 90% do PIB

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nessa quinta-feira (16) através de uma videoconferência que o crescimento da dívida pública bruta deve chegar ao fim de 2020 entre 85% e 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Além disso, Almeida informou que a dívida pública poderá crescer mais rápido, dependendo das reformas aprovadas. Assim como por causa da alta volatilidade, o desempenho do PIB para esse ano também é impreciso e pode cair entre 2% a 5%, segundo ele.

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O secretário salientou que o cenário macroeconômico atual é diferente do das crises passadas, visto que a inflação está controlada e a taxa de juros está em 3,75% ao ano.

O Tesouro pretende estudar a estabilização do mercado financeiro, e Almeida acrescentou que não estão em desespero para voltar ao mercado. Assim como não há pressa para realizar um novo leilão de títulos públicos, visto que o governo federal fez um leilão de R$ 10 bilhões. “Temos colchão de liquidez que nos permite ficar alguns meses sem fazer leilão de títulos públicos”, informou o secretário.

FMI aponta que PIB brasileiro terá retração de 5,3% em 2020

O Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório divulgado na última terça-feira (14), apontou que o PIB do Brasil deve ter uma retração de 5,3% em 2020. A redução foi de 7,5% em comparação a estimativa de janeiro, que era de um crescimento de 2,2%.

A provável queda na economia é puxada pelos impactos decorrentes da crise provocada pelo coronavírus (Covid-19). Por isso, a previsão negativa não se limita apenas ao Brasil. O FMI prevê que haverá uma recessão global, com queda de 3% na economia mundial.

Entretanto, para 2021, o FMI estima um crescimento de 2,9% na economia brasileira, uma alta de 0,6% em relação a estimativa do FMI em janeiro deste ano. Para o produto global, a previsão é de uma alta de 5,8% no ano que vem.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse recentemente que está trabalhando com a hipótese de uma queda de 4% do PIB em 2020.

Laura Moutinho

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