Disputas comerciais desaceleram comércio global, segundo FMI

Nesta quarta-feira (17), a economista do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, disse que, graças as tensões entre EUA e China, o desenvolvimento do comércio mundial está desacelerando.

Além disso, Gita também disse que outras tensões causam esse efeito da diminuição do movimento comercial. A economista-chefe do FMI acredita que as taxas, que podem ser impostas, também têm um certo peso sobre a confiança das empresas.

Segundo Gita Gopinath, os conflitos que envolvem comércio e tecnologia estão evidentemente impactando o comércio global. “Tem havido uma queda no crescimento do comércio mundial”, assegurou. A economista do FMI ainda fez questão de salientar a estimativa do Fundo. Para o FMI, as tarifas que China e EUA estão impondo entre si, na guerra comercial, podem reduzir 0,5% do crescimento econômico global no ano que vem.

Dessa forma, a falta de investimentos em tecnologia pode aumentar. A briga entre EUA e Huawei pode ser um dos agravantes para que isso ocorra.

Veja também: Guerra comercial pode reduzir o PIB global em 0,5% em 2020, afirma FMI 

Christine Lagarde anuncia saída do FMI

Na última terça-feira (16), a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, comunicou que irá deixar o cargo no dia 12 de setembro deste ano.

Sua saída do cargo já era esperada. Isso porque Lagarde já havia sido indicada como a sucessora de Mário Draghi no Banco Central Europeu (BCE), no início deste mês. Em outubro deste ano, o mandatário italiano irá encerrar seu mandato frente ao BC.

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A diretora do FMI disse, no comunicado, que sua decisão pode auxiliar o Fundo na agilização da escolha do sucessor de seu cargo. “Com uma maior clareza sobre minha nomeação como presidente do BCE e sobre o tempo que levará, tomei essa decisão com base no melhor interesse para o Fundo, pois isso acelerará o processo de seleção de meu sucessor”, proferiu Lagarde.

Juliano Passaro

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