Diretor do BC indica contração na concessão de crédito a pessoas físicas

O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Fábio Kanczuk, informou nesta segunda-feira (29) que as concessões de crédito para pessoas físicas diminuíram. Atualmente, o número se encontra no mesmo patamar do ano passado.

Em uma videoconferência com representantes e associados do Serviço de Proteção ao Consumidor (SPC) divulgada pelo BC, Kanczuk exibiu um gráfico que mostra que, depois de um período de alta no começo deste ano, essas concessões estão, desde meados de março, em nível um pouco abaixo do que foi visto em 2019.

No entanto, a autoridade destacou destacou “o crescente volume de crédito vinculado a composição de dívidas” e a expansão das renegociações no caso das pessoas físicas.

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Para as pessoas jurídicas, “a partir de meados de abril, observou-se crescimento nas concessões para micro e pequenas empresas“, informou Kanczuk. Ocorreu uma troca, já que as médias e grandes empresas terem sido as responsáveis pela alta dos empréstimos em um primeiro momento após o inicio da pandemia do coronavírus (covi-19).

O BC se preocupa com os efeitos duradouros na economia

A crise desencadeada pela pandemia do coronavírus “pode causar, como rescaldo, aumento de concentração no setor bancário”, embora o BC esteja atuando para evitar isso, de acordo com o diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, João Manoel Pinho Mello.

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Segundo Mello, o BC trabalhou para que todos os segmentos do setor financeiro tenham acesso a liquidez, e destacou a liberação do compulsório da poupança para conceder crédito a empresas de menor porte. O objetivo da autarquia é que “todos os segmentos tenham liquidez e que rescaldo da crise não seja o aumento da concentração”, afirmou o diretor.

Daniel Guimarães

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