Tesouro: Devolução do BNDES é importante para reforçar liquidez

O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou nesta quarta-feira (21) que uma eventual devolução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é importante para reforçar o “colchão de liquidez” do Tesouro.

“No fundo, essa devolução do BNDES, bem como da Caixa e uma antecipação dos instrumentos híbridos é exatamente a devolução que estava sendo feita em 2019, e tinha um cronograma para os anos seguintes. 2020 foi um ano atípico e essas devoluções ficaram suspensas, mas em 2021 retornamos à normalidade e ao cronograma de devoluções”, explicou Funchal, em evento FinançasMais, organizado pelo “Estadão” e pela Austin Rating.

O secretário declarou que os recursos devem ir para o Tesouro no primeiro trimestre do ano que vem, porém não confirmou os valores. “R$ 100 bilhões foi exatamente o que estava sendo pago em 2019. É razoável? Vamos discutir com o BNDES. Tem que ver a questão de liquidez, de governança, mas está nas nossas prioridades para o ano que vem”, completou.

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Funchal pontuou que o colchão de liquidez do Tesouro era “muito, muito robusto” no pré-pandemia, o que faz com que a secretaria chegue ao fim de 2020 em situação confortável, porém defendeu que é sempre bom reforçar o colchão para nos dar mais flexibilidade na questão da dívida”.

Reformas permitirão Tesouro alongar a dívida

Além disso, Funchal avaliou que apenas as reformas vão permitir o Tesouro alongar a dívida mantendo o prêmio baixo para os títulos. Até lá, a secretário seguirá realizando a análise do custo benefício entre encurtar a dívida ou alongá-la a um preço mais alto.

O secretário declarou que a ação junto ao Banco Central (BC), com a redução da rolagem de compromissadas e a criação de uma Letra Financeira do Tesouro (LFT) mais curta, conferiu mais liberdade à gestão da dívida.

Funchal afirmou que as ações têm como objetivo que o prêmio da LFT seja condizente com o risco e que estável. “Nosso trabalho é para que não haja novas perdas”, afirmou o secretário do Tesouro, depois das letras terem encerrado o mês de setembro com a primeira desvalorização mensal no preço em 18 anos.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Arthur Guimarães

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