Deutsche Bank corta voos para funcionários para reduzir poluentes

O banco alemão Deutsche Bank informou nesta quarta-feira (24) que a partir de 1° de julho não permitirá que seus funcionários utilizem o avião para viagens de trabalho. De acordo com a maior instituição financeira do país europeu, essa iniciativa tem como objetivo reduzir a emissão de poluentes e ajudar a sustentabilidade ambiental.

Como alternativa sustentável, o banco decidiu que seu funcionários utilizarão apenas trem. “O Deustsche Bank se concentrará em viagens de trem na Alemanha no futuro”, informou o comunicado interno da instituição.

Segundo o documento, com base no número de viagens realizadas o ano passado, essa decisão do banco pode ajudar a economizar cerca de 1400 toneladas de gás carbônico (CO2). “Como parte da estratégia de sustentabilidade, os funcionários viajarão de trem de Frankfurt para Berlim, Hamburgo e Munique”, salientou o Deutsche Bank.

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Um dos objetivos do banco é aumentar em 200 bilhões de euros (cerca de R$ 1,2 trilhão) até 2025 o volume de financiamentos e dos investimentos ecologicamente e socialmente sustentáveis, que respeitem os padrões de boa governança.

O plano de sustentabilidade adotado pela instituição financeira prevê objetivos e metas muito claras. Além do portfólio de créditos o programa cobre também os ativos de gestão, que deveriam dobrar em relação aos valores atuais, alcançando cerca de 15% do patrimônio total do banco.

Deutsche Bank: política ambiental atrapalha investimentos no Brasil

Para o Deutsche Bank a atual política ambiental brasileira atrapalharia os investimentos estrangeiros no País. A declaração foi realizada em fevereiro deste ano pelo diretor de investimentos do Deutsche Bank Wealth Management nas Américas, o indiano Deepak Puri.

Segundo o executivo da Deutsche Bank, a política ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro “sim, tem atrapalhado” os investimentos estrangeiros diretos.

“O mercado questiona o quão sensível o Brasil é para a questão ambiental. Esse tema foi o principal das discussões em Davos neste ano, mas escuto de nossos clientes há alguns anos”, explicou Puri em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”.

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Para o funcionário do banco alemão, “a governança ambiental e social está na cabeça dos investidores. Quando ocorre algo como abrir a Amazônia para a exploração, dá a percepção fora do Brasil de que o governo não se importa com o meio ambiente”.

O Deutsche Bank estaria se movendo para o que chama de “performance com objetivo”. “Queremos investir onde haja um impacto positivo para a sociedade. É o modo que as pessoas vão investir agora e no futuro”, disse Puri.

Poliana Santos

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