Deutsche Bank: clientes estão pagando as dívidas antes do esperado

O banco alemão Deutsche Bank informou nesta terça-feira (21) que seus clientes corporativos estão pagando os empréstimos realizados durante a pandemia do coronavírus (covid-19) mais rápido do que o esperado. Dessa forma, o banco indicou que o seu balanço patrimonial está em uma posição melhor do que os analistas esperavam.

O anuncio da Deutsche veio à tona uma semana antes da divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2020. A instituição financeira será analisada pelo mercado quanto as provisões adicionais para possíveis perdas relacionadas à empréstimos, bem como o desempenho de seus títulos de dívida, ações e moedas estrangeiras.

Os especialistas do mercado financeiro esperam que a Deutsche registre uma perda líquida de € 133 milhões (cerca de R$ 794,31 milhões) no segundo trimestre, após registrar uma queda de € 43 milhões no primeiro trimestre. Em comunicado divulgado na terça-feira, o banco prevê que “os resultados para o segundo trimestre de 2020 estejam acima das estimativas”.

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O banco acrescentou que “pagamentos acima do esperado das linhas de crédito dos clientes, principalmente na parte final do trimestre”, contribuíram para o desempenho positivo do balanço. No primeiro trimestre, os empréstimos oferecidos pela Deutsche subiram 11%, à medida que os clientes corporativos procuravam fortalecer suas próprias finanças diante da pandemia.

No mês passado, o banco alertou aos investidores que as provisões para créditos de empréstimos duvidosos aumentarão cerca de € 800 milhões no trimestre, o nível mais alto em mais de uma década, com a crise do coronavírus impactando negativamente a economia global. No primeiro trimestre, o Deutsche havia reservado uma provisão de apenas € 506 milhões.

Deutsche Bank e outros bancos se preparam para futuras perdas

Três dos maiores bancos dos EUA divulgaram nesta terça-feira (14) que reservaram um total de US$ 28 bilhões em provisões para cobrir possíveis perdas com empréstimos no segundo trimestre de 2020. A medida foi tomada em razão da pandemia do coronavírus (covid-19).

Saiba mais: Bancos dos EUA se preparam para novas turbulências devido ao covid-19

Além do anuncio de grandes reservas, os bancos norte-americanos demonstraram que a situação causada pelo covid-19 é preocupante. A pandemia levou o Wells Fargo (NYSE: WFC) a uma brusca perda trimestral e deixou o JP Morgan (NYSE: JPM) e o Citigroup (NYSE: C) com fortes quedas nos lucros. O mercado aguarda a divulgação do Deutsche Bank na próxima semana.

Daniel Guimarães

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