Economistas preveem déficit primário do governo central a R$708,8 bi

A projeção do déficit primário do governo central nesse ano foi piorada e o rombo deve chegar a R$ 708,8 bilhões, de acordo com economistas ouvidos pelo Ministério da Economia. Em maio, a projeção era de R$ 571,4 bilhões. O Prisma Fiscal foi divulgado nessa sexta-feira (12).

A previsão mais recente é resultado do crescimento das despesas do governo frente aos impactos da crise causada pelo novo coronavírus (Covid-19). A meta para o governo central em 2020 é que o déficit fique em R$ 124,1 bilhões, entretanto, devido ao estado de calamidade pública, o governo foi desobrigado a cumprir esse marco.

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Sobre a meta do ano que vem, o governo solicitou uma certa flexibilidade no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, para que o marco seja alterado sempre que as receitas para 2021 forem revisadas. Atualmente, a meta para 2021 está em R$ 149,6 bilhões.

Ainda em relação ao ano que vem, os economistas projetaram uma alta no rombo, que segundo eles, deve chegar a R$ 200 bilhões, ante a R$ 169,4 bilhões na última projeção.

Já para esse ano, a previsão pra os gastos cresceram R$ 85 bilhões, somando agora R$ 1,8 trilhão, enquanto a projeção para a dívida pública ficou sobre o produto Interno Bruto (PIB) do Brasil aumentou de 89,95% e para 92,68% nesse ano. Para 2021, a previsão é de que essa alcance 92,79%, ante a 88,60% na última previsão.

Vale destacar que o déficit do governo central reúne as contas:

Governo federal registra déficit de R$ 92,9 bi nas contas públicas

O governo federal registrou um déficit de R$ 92,2 bilhões nas contas públicas em abril. Trata-se do pior resultado da série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1997. Os dados foram divulgados no final de maio pelo órgão.

Saiba mais: Governo federal registra déficit de R$ 92,9 bi nas contas públicas

No acumulado do ano, o governo federal registrou um déficit de R$ 95,7 bilhões. Em 12 meses, o déficit primário ficou em R$ 189,5 bilhões, queda de 2,58% do Produto Interno Bruto (PIB). Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) as contas nacionais sofrem um processo de deterioração.

Laura Moutinho

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