Dólar em queda; Saiba o que pode movimentar a moeda nesta terça

O dólar iniciou esta sessão em queda nesta terça-feira (21), após quatro altas seguidas. A moeda norte-americana tem ao seu favor o cenário interno e externo mas o Banco Central segue leiloando dólares para conter a moeda.

Por volta das 9h, o dólar registrava uma queda de -0,27% sendo negociada a R$ 4,0938. Na última sessão, o Banco Central (BC) brasileiro bem que tentou conter o crescimento do câmbio frente ao real, embora tenha freado a alta, a moeda atingiu seu maior patamar no ano, com as trapalhadas do cenário interno e guerra comercial no cenário externo.

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No Brasil

Como havia anunciado na sexta-feira (17), o Banco Central anunciou seus leilões de linhas. O objetivo é reduzir a liquidez e conter a valorização do dólar, colocando mais do mesmo no mercado.

Para isso, serão realizados três leilões, que iniciaram na última segunda-feira e terão fim na quarta-feira (22). Serão negociados US$ 1,25 bilhão, atingindo US$ 3,75 bilhões no total.

Impasse na reforma

No entanto, as medidas do Banco apenas seguraram a alta do dólar, que chegou aos R$ 4,12 no dia anterior. Isso porque a reforma da Previdência registrou um novo impasse.

Os boatos que envolviam um novo texto da reforma que seria apresentado pelos parlamentares, que descarta o texto do governo, foi levantado e não agradou o mercado que apresentou um receio em relação ao potencial da proposta alcançar o R$ 1 trilhão em dez anos.

Diante disso, o secretário da Previdência, Rogério Marinho, afirmou na última segunda-feira ao blog do Valdo Cruz, que o governo possui planos reservas caso a tramitação da reforma fracasse.

No entanto, é esperado que a proposta seja aprovada no Congresso ainda neste semestre.

PIB cai novamente

Além das incertezas sobre a reforma da Previdência, a redução das estimativas de alta do crescimento da economia nacional também foram a favor do dólar. Na última segunda-feira (20), o Banco Central reduziu pela 12ª a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), passando de 1,45% para 1,24%.

Saiba Mais: Boletim Focus: previsão de crescimento do PIB cai para 1,24%; inflação sobe

Negociações comerciais

Já no ambiente externo, a principal questão para a alta do dólar é a disputa comercial entre China e Estados Unidos. As duas potências ainda não chegaram a um acordo e o conflito econômico tem influenciado bolsas do mundo todo.

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Na última semana, Donald Trump investiu contra a gigante de tecnologia chinesa Huawei. Assim, os EUA proibiram a empresa de comprar tecnologia norte-americana, prejudicando então a cadeia produtiva da Huawei. Em contrapartida, a China mandou prender dois canadenses em retaliação a uma ajuda do Canadá aos EUA contra a Huawei

Além disso, no início do mês, Trump já havia anunciado o aumento da tarifa de importação sobre os produtos chineses. Dessa forma, as importações da China entrariam nos EUA com uma taxa de 25% e não mais de 10%. Por sua vez, a China retaliou e também aumentou a taxa sobre produtos americanos.

Última cotação

Na última sessão, na segunda-feira (20), o dólar registrou alta de 0,072% sendo negociado R$ 4,1049.

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Renan Bandeira

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