Davos: Reformas podem trazer US$ 100 bi em investimentos ao Brasil

Se o Brasil fizer as reformas prometidas pelo presidente Jair Bolsonaro em Davos, o País receberá US$ 100 bilhões em investimentos. A declaração foi dada por uma fonte do Fórum Econômico Mundial ao jornal Valor Econômico.

Larry Fink, CEO da BlackRock, maior gestora de fundos de investimentos do mundo, foi ao encontro da declaração. “Estou otimista com o Brasil e definitivamente queremos investir mais no país”, disse ao jornal. A BlackRock administra cerca de US$ 6 trilhões em recursos.

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David Rubenstein, co-presidente do Carlyle Group, gigante do private equity, segue na mesma linha. Durante um debate no Fórum Econômico Mundial, ele disse que o Brasil é uma das grandes oportunidades de investimento no momento.

O volume de US$ 100 bilhões, de acordo com um banqueiro, é uma “cifra técnica”. Trata-se da média das projeções de diferentes bancos de investimento. Esse capital deve ir para Investimento Estrangeiro Direto (IED), isto é, são recursos que vão para o capital produtivo brasileiro: infraestrutura, compra de empresas brasileiras, capitalização de negócios que já estão no País.

Desde Davos de 2018, os preços das ações no Brasil subiram e o real se valorizou. Mesmo assim, os ativos brasileiros permaneceram relativamente baratos.

O projeto do governo de Jair Bolsonaro de reduzir a presença de bancos públicos na economia foi vista com bons olhos pelo setor bancário. O mercado de capitais aumentou bastante em 2018 e é considerado como o grande mercado nos próximos dois a três anos no Brasil.

A presença Jamie Dimon num painel chamado O Futuro do Brasil, em Davos, também sinalizou seu interesse no país. Ele é presidente do J.P. Morgan Chase, maior banco dos Estados Unidos em ativos. Já Paul Bulcke, presidente da Nestlé, maior grupo alimentar do mundo, disse que “os planos do Brasil são ambiciosos, e isso é bom”.

Outro participante disse que, se o Brasil fizer metade do que prometeu, já será bom. Paulo Guedes prometeu uma economia de RS 1,3 trilhão em dez anos com a reforma da Previdência. “Se render $S 600 bilhões, já alivia”, diz ele.

Guilherme Caetano

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