Fórum de Davos: tensões políticas e comerciais são maior risco global

O Fórum Econômico Mundial de Davos informou que as tensões políticas e comerciais são hoje o risco global mais urgente.

Um relatório divulgado nesta quarta-feira (16) pelo Fórum Econômico Mundial mostra como as tensões políticas podem atrapalhar a colaboração dos países em caso de uma crise mundial. O documento foi apresentado nesta quarta-feira (16) em Davos. Entre elas questões geopolíticas, a ascensão do novo nacionalismo, e o protecionismo econômico, que leva para guerras comerciais. Todas questões que impedem de enfrentar de forma eficaz desafios globais como a globalização ou os problemas ambientais.

Além disso, de acordo com o documento, essas questões estão levando a uma redução do crescimento das economias desenvolvidas. Os países ricos deveriam crescer apenas 2,1% em 2019, frente a 2,4% registrado em 2018. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) da segunda economia do mundo, a China, deveria crescer de 6,2% em 2019, contra um crescimento de 6,6% registrado em 2018.

Para Børge Brende, presidente do Fórum Econômico Mundial de Davos, Com o comércio global e o crescimento econômico em risco em 2019, existe uma necessidade mais urgente do que nunca de renovar a arquitetura da cooperação internacional”.

Não por acaso, o tema do Fórum deste ano será “Globalização 4.0: Moldando uma arquitetura global na era da quarta revolução industrial“. 

 

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O Relatório Global de Riscos 2019, realizado pelo Fórum Econômico
Mundial de Davos em parceria com a seguradora Zurich e a corretora Marsh, reúne a opinião de  1.000 entrevistados, entre eles empresários, executivos e empreendedores. Para eles, a maior preocupação no curto prazo é o confronto econômico entre as maiores potências mundiais, com 91% das
respostas. Em seguida estão a extinção de regras e acordos comerciais multilaterais, com 88% das respostas. E em terceiro lugar o confronto político entre as grandes potências, com 85% das repostas.

Maior risco para o Brasil é fiscal

No caso do Brasil, o documento destaca o risco que o governo de Jair Bolsonaro não consiga levar adiante as reformas necessárias. Principalmente a reforma da Previdência social Sem essas mudanças na estrutura fiscal do País o risco é que o crescimento seja prejudicado e que os investimentos sofram demasiadamente.

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Outro grande risco apontado pelos formadores de opinião no relatório é a degradação ambiental. Entre os cinco riscos ambientais indicados pelo relatório estão:

  • perda da biodiversidade;
  • eventos climáticos extremos;
  • falha na mitigação e adaptação às mudanças climáticas;
  • desastres provocados pelo homem;
  • desastres naturais.

Por outro lado, os riscos cibernéticos e as vulnerabilidades tecnológicas também ganharam espaço entre as preocupações no relatório do Fórum Econômico Mundial de Davos.

Carlo Cauti

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