CVM revoga suspensão de oferta de debêntures da Petrobras

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) voltou atrás na suspensão prévia da oferta pública de debêntures da Petrobras. O órgão alega que a empresa está apta a seguir o plano de sua oferta, já que conseguiu reparar algumas irregularidades que tinham motivado a punição por parte da CVM.

Uma das providências tomadas pela Petrobras foi a de comunicar ao mercado que a decisão do investidor sobre participação na oferta deve ter como base somente informações dos boletins e do formulário de referência.

A Petrobras teve sua oferta de R$ 3 bilhões de debêntures suspensa pela CVM, no dia 30 de agosto. A suspensão seria de até 30 dias.

Segundo a CVM, a Petrobras havia sido suspensa por conta das declarações da diretora de relações com investidores da empresa, em entrevista realizada no dia 27, que foi transmitida na internet pela XP Investimentos, que é uma das coordenadoras da oferta.

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De acordo com o site “Valor Investe”, a entrevista não violou o período de silêncio previsto.

“Estamos saindo das dívidas mais caras. Fizemos recompra de bonds, e vamos fazer operação de gestão de dívida o tempo todo. O mercado já está reconhecendo o crédito da Petrobras como melhor”, disse a diretora da Petrobras.

A CVM declarou que o investidor deveria basear sua decisão de investimento exclusivamente na documentação da oferta e nas informações divulgadas pela companhia enquanto for uma empresa aberta.

Petrobras vende 70% do Campo de Maromba

A Petrobras vendeu 70% de sua participação no Campo de Maromba, situado em águas rasas, ao sul da Bacia de Campos, para a BW Offshore Production. O processo foi concluído na última terça-feira (10), com o acerto da primeira parcela, avaliada em US$ 20 milhões.

A estatal petroleira confirmou que a BWO ainda pagará o restante da operação em duas parcelas, sendo uma de US$ 50 milhões e outra de US$ 20 milhões. A parcela menor será paga à Petrobras após o início da perfuração de poços para o desenvolvimento do campo, segundo informações da “Agência Brasil”.

Juliano Passaro

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