CVM penaliza ex-executivos da Taurus Armas por fraude

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) penalizou um grupo de ex-administradores e ex-conselheiros da fabricante de armas Taurus (TASA4) por fraude. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (30), pelo órgão regulador.

Os ex-executivos da Taurus foram penalizados pela CVM com inabilitação temporária após serem acusados de fraude na venda da subsidiária SM Metalurgia (SML) à Renill Participações, em 2012. As penalidades variam entre 8 a 10 anos de proibição de atuar em companhias abertas.

De acordo com o diretor relator do caso, Gustavo Gonzalez, o órgão regulador identificou que a empresa omitiu condições pré-estabelecidas na divulgação da operação de venda da subsidiária. A CVM informou que os executivos da empresa assinaram contratos que não foram declarados, pois pretendiam omitir os termos reais da operação de venda.

Com isso, a empresa acertou junto a representantes da Renill que a venda fosse formalmente contratada a R$ 155,35 milhões. Contudo, o valor original acertado para a negociação foi de R$ 64 bilhões.

“O caso em análise envolve um grave episódio de fraude. Eventos dessa natureza têm o potencial de minar a confiança do público investidor na higidez de nosso mercado, desestimulando o investimento da poupança popular no mercado de capitais e, consequentemente, no financiamento direto da inovação e da atividade produtiva”, disse o relator do caso.

Taurus anuncia joint venture com empresa indiana

A Taurus anunciou, na última semana, que assinou um acordo definitivo para criação de uma joint venture com a empresa indiana Jindal Group. Segundo o fato relevante, a assinatura do documento aconteceu durante a visita oficial do presidente da República Jair Bolsonaro à Índia.

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A Jindal é a maior fabricante de aço da Índia e uma das dez maiores do mundo. Ela é detentora de um faturamento anual superior a US$ 24 bilhões (R$ 101,21) e com 200 mil funcionários do mundo. A fabricante será sócia da fabricante brasileira, com 51% do capital da joint venture e a fabricante de armas brasileira, 49% do capital.

“A joint venture criada irá implantar uma fábrica de armas na Índia, onde serão produzidos fuzis, pistola e revólveres, para os mercados civis, de segurança pública e militar”, informou o documento divulgado pela Taurus.

Giovanna Oliveira

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