CVC (CVCB3): turismo deve se recuperar apenas em 2023

O presidente da CVC (CVCB3), Leonel Andrade, afirmou nesta quinta-feira (22) que o setor de turismo deve retornar aos patamares do ano anterior somente em 2023. As informações foram divulgadas pelo jornal “Valor Econômico”.

O executivo da companhia de viagens declarou que projeta uma recuperação lenta após a crise causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Nesse sentido, Andrade pontuou que o mercado no próximo ano será menor do que em 2019.

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“O mercado de turismo de modo geral só volta ao que era em 2019 em 2023. Vai se recuperar gradualmente até chegar lá. O que não significa que a gente já não possa ser maior no ano que vem ou em 2022. Trabalho com a filosofia que a CVC tem que ser melhor amanhã do que é hoje. Melhorar canais digitais, canais de comunicação com o cliente. Muita coisa pode ser feita melhor”, afirmou o presidente da CVC.

Presidente da CVC projeta retomada gradual no setor de turismo

Para Andrade, neste ano, o mercado de turismo corporativo começará a voltar a partir de julho. No entanto, afirmou que irá demorar a retornar aos níveis anteriores à crise. De acordo com o diretor, muitas empresas aprenderam a trabalhar melhor à distância, obtendo a mesma produtividade do trabalho presencial.

Segundo o executivo, o mercado de eventos não deve se recuperar em 2020. “Esse mercado deve começar ano que vem menor do que em 2019 e só deve se normalizar em 2022”, afirmou Andrade.

Para o mercado de turismo de lazer, o executivo vê perspectivas são mais otimistas. Para Andrade, as viagens de lazer devem voltar a partir do quarto trimestre deste ano. “Há três semanas, as vendas caíram a quase zero. Estávamos perto de 1% do que foi vendido no mesmo período do ano passado. Hoje, já tem gente comprando passagens para o fim do ano. As vendas hoje correspondem a 12% a 15% do que eram um ano atrás”, explicou Andrade.

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Além disso, o presidente da CVC afirmou que os consumidores já compraram pacotes e viagens a partir do mês de outubro, em razão dos preços baixos. Da mesma forma, o diretor também acredita que a retomada deve se iniciar com vendas para o mercado interno e locais abertos.

“O mercado doméstico, no qual a CVC é soberana, com certeza vai voltar a ter demanda no fim do ano, vai ser o destino preferido. Isso vai nos ajudar muito. Por isso a CVC já trabalha forte formatando produtos para o fim do ano”, declarou Andrade.

Arthur Guimarães

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