CSN (CSNA3) assina acordo com Glencore pelo valor de US$ 115 milhões

A CSN (CSNA3) anunciou ao mercado, na última quinta-feira (16), que assinou um novo contrato de fornecimento de longo prazo de minério de ferro com a suíça Glencore Internacional.

De acordo com o comunicado, a transação envolve o pré-pagamento inicial para a CSN no valor de US$ 115 milhões (cerca de R$ 612,7 milhões) relacionado ao fornecimento de aproximadamente 4 milhões de toneladas de ferro em até cinco anos.

“Este novo contrato permite a flexibilidade para que tais valores possam ser incrementados, caso do interesse das partes, e reflete ainda a evolução do perfil de crédito da CSN, por meio de melhores condições em relação aos contratos anteriores, em especial um período de carência para amortização”, informou a companhia siderúrgica em seu fato relevante.

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O acordo, segundo a CSN, é um passo adicional da empresa em direção a uma estrutura de capital saudável e sustentável. Dessa forma, o dinheiro do contrato será utilizado para reduzir o endividamento.

CSN registra prejuízo de R$ 1,31 bilhão no 1T20

A CSN divulgou um prejuízo líquido de R$ 1,31 bilhão no primeiro trimestre deste ano. O resultado reverte o lucro líquido apresentado no mesmo período do ano passado, de R$ 87 milhões.

Segundo a companhia, esse resultado financeiro ocorreu em função de “apontamentos não-operacionais e não-caixa”, como hedge accounting e perda do valor de mercado das ações da Usiminas (USIM5) que a CSN possui.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado chegou a R$ 1,33 bilhão, queda de 23% em comparação ao primeiro trimestre de 2019. A dívida líquida da empresa, por sua vez, aumentou 27% na comparação anualizada, indo para R$ 32,8 bilhões.

Dessa forma, a alavancagem financeira da companhia, calculada pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajusto, é de 4,78x, 1,01 vezes superior ao indicador apresentado um ano antes.

Durante os três primeiros meses deste ano, a receita líquida da CSN foi de R$ 5,33 bilhões, 11% inferior ao atingido no primeiro trimestre do ano passado. Segundo a empresa, o recuo ocorreu devido ao menor volume de vendas de minério de ferro em razão de chuvas e atrasos nas novas frentes de lavra.

Poliana Santos

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