Criação de imposto nos moldes da CPMF está descartada, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) está descartada. A declaração ocorreu na última sexta-feira (27) durante uma entrevista para a TV Record.

Em referência a Marcos Cintra, ex-secretário da Receita Federal, o ministro afirmou que ‘a última pessoa que disse isso [sobre a recriação do CPMF] foi demitida’.

A medida já havia sido descartada pelo presidente Jair Bolsonaro, no entanto, ainda não existia consenso. Em meio a equipe econômica, o próprio Guedes era favorável a um imposto semelhante ao que foi extinto.

Segundo o ministro, a novo imposto seria teria uma alíquota de 0,2%, pago por toda a população.

“Os traficantes de drogas, os traficantes de armas, os sonegadores… Esse pessoal está fora da malha tributária. Buscar essa turma e colocar para pagar era uma meta nossa. Estamos buscando alternativas”, disse Guedes no dia 26 de agosto.

Crescimento econômico em 2020

Durante a entrevista, o ministro falou também que a economia do Brasil deve crescer 2% ou mais a partir de 2020.

Saiba mais: “Economia brasileira pode crescer 2% ou mais em 2020”, diz Paulo Guedes

“Vamos recuperar a dinâmica de crescimento. Nós achamos que, no ano que vem, o ritmo de crescimento pode dobrar. Ano que vem, vamos crescer acima de 2%”, afirmou o ministro.

Segundo Guedes, a alta carga tributária e os encargos trabalhistas contribuíram para a desaceleração econômica neste ano. A previsão de crescimento da economia para 2019, feita pelo governo federal, é de 0,8%.

Tributação de dividendos para substituir CPMF

Após o veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a recriação da CPMF, a equipe econômica estuda uma reforma tributária que aumente a pressão tributária sobre a camada mais rica.

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De acordo com estudos da Receita Federal, os contribuintes que se encontram no topo da pirâmide são os que atualmente pagam menos impostos. Por conta disso, a reforma tem como foco a tributação sobre os que possuem maior capital.

Com a demissão de Cintra, após a tentativa de recriar a CPMF, a pasta econômica estuda novos meios de arrecadar recursos.

Giovanna Oliveira

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