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Latam: credores se opõem a proposta de US$ 2,45 bi em empréstimo

Os credores da Latam Airlines se opuseram a uma proposta de empréstimo de US$ 2,45 bilhões (cerca de R$ 12,72 bilhões) para a companhia aérea em recuperação judicial por avaliarem o financiamento muito caro. As informações foram publicadas nesta quinta-feira (24) pela agência “Reuters”.

Os credores encaminharam a objeção ao empréstimo, que seria feito pela Oaktree Capital Management do investidor Howard Marks e pelos acionistas da Latam, no tribunal que supervisiona o processo de recuperação judicial da companhia em Manhattan, segundo documentos visto pela agência.

“É uma proposta muito grande, muito cara e não é suportada por um processo de divulgação justo e adequado”, ponderou um comitê representante de credores sem garantia da aérea.

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Os credores afirmaram que a empresa deveria explorar ofertas de crédito mais baratas e questionaram se a Latam precisaria mesmo dos US$ 2,45 bilhões, alegando que os assessores financeiros recomendaram um financiamento na faixa dos US$ 2,15 bilhões para dar continuidade nas atividades da aérea.

A Oaktree e outros participantes da proposta de empréstimo terão direito a converter a dívida que possuem junto à Latam em participação na companhia com um desconto implícito de 32% quando a aérea deixar a recuperação judicial, disseram os credores.

Latam obtém financiamento de US$ 900 mi

A Latam conseguiu um financiamento inicial de  de US$ 900 milhões junto aos acionistas Cueto Group e Qatar Airways. Em seguida, a empresa anunciou que tinha como objetivo levantar US$ 2,45 bilhões para suas operações.

Mais cedo neste mês, a companhia fez o anúncio da obtenção de um empréstimo de US$ 1,3 bilhão junto à Oaktree, com um potencial adicional de US$ 25 milhões de outros acionistas.

Latam obtém financiamento de US$ 1,3 bilhão da Oaktree Capital

A Latam procura reestruturar uma dívida de US$ 18 bilhões e é a maior companhia aérea do mundo, até o momento, a buscar proteção contra credores na Justiça, como consequência da pandemia de covid-19.

Arthur Guimarães

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