Cosan Logística (RLOG3) registra prejuízo líquido de R$ 136 milhões no 1T20

A Cosan Logística (RLOG3) divulgou, na noite da última quinta-feira (28), um prejuízo líquido ajustado de R$ 136 milhões no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, a empresa havia registrado um lucro líquido de R$ 27 milhões.

Tal resultado financeiro perfaz em uma margem líquida de -19,2%. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Cosan Logística foi de R$ 653 milhões, uma queda de 19% sobre o registrado no primeiro trimestre do ano passado.

Segundo a subsidiária da Rumo (RAIL3), a baixa no Ebitda pode ser explicada pelo menor volume transportado, “refletindo a entrada tardia da safra de soja em relação” ao primeiro trimestre do ano passado, junto às restrições operacionais em março, além da queda da tarifa neste período.

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Esse volume transportado, portanto, teve uma queda de 7,6% na relação anual, indo para 12,3 bilhões de TKU (tonelada por quilômetro útil) no primeiro trimestre.

A receita operacional líquida, por sua vez, caiu 12,9%, de R$ 1,63 bilhão para R$ 1,42 bilhão. Os custos dos produtos vendidos acompanhou a queda, retraíndo 7,2%, de R$ 1,15 bilhão para R$ 1,07 bilhão.

Durante os três primeiros meses deste ano a Cosan Logística aumentou seu Capex em 3,4%. Foram investidos R$ 561 milhões até o fim de março, sendo R$ 213 milhões de Capex recorrente e R$ 348 milhões alocados para expansão. No mesmo período de 2019 foram utilizados R$ 543 milhões.

O saldo da dívida líquida abrangente — que também considera os números da Rumo — no fim de março era de R$ 7,68 bilhões. Dessa forma, a alavancagem financeira, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou em 2,1x no 1T20, uma alta de 16,7% na comparação anualizada.

Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a empresa informou que tomou diversas medidas de controle da circulação de pessoas em todas as suas unidades de comércio, além de implementar uma série de protocolos de higiene para prevenir a disseminação do vírus.

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“Todas essas ações e protocolos implementados juntamente com ações dos órgãos públicos e demais entidades e tratativas junto a eles, permitiram que a Companhia não paralisasse suas atividades. As operações nos portos seguem firmes, e as obras na Malha Central e no Terminal de Rondonópolis continuam ininterruptas”, disse a Cosan Logística.

Jader Lazarini

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