Correios elevam preços de postagem em até 9%

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), na última segunda-feira (14), reajustaram em até 9% os serviços de postagem de encomendas. Antes, em março, a estatal já havia realizado o reajuste de de 8,03%.

Segundo o jornal “Valor Econômico”, os Correios, por meio de um comunicado interno, afirmam que a medida tem “o objetivo de contribuir para a manutenção da prestação dos serviços de encomendas”.

O reajuste será baseado no índice médio ponderado de 6,34%. Para serviços pouco expressivos no envio de encomendas, como Sedex e PAC, o aumento será de 5,94% nos preços. Já no Sedex Hoje, Sedex 10 e Sedex 12, serviços de entrega rápida, vão ficar 9% mais caros.

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O reajuste médio aplicado pela empresa, de 6,34%, é mais que o dobro da inflação acumulada nos últimos 12 meses finalizados em setembro, de 2,89%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Por tratar-se de um mercado concorrencial, a atualização dos preços ocorre em todo o segmento para readequação do impacto dos custos na prestação dos serviços”, afirmaram os Correios em nota enviada ao “Valor Econômico”.

Correios avaliam corte de gastos de R$ 2,26 bi

Os Correios estão avaliando um possível aumento no seu programa de corte de gastos. Isso se deve ao fato de seus rivais terem avançado no mercado de entregas expressas e, consequentemente, sua previsão de receita para este ano ter diminuído.

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Inicialmente, os Correios tinham como plano uma diminuição de R$ 1,4 bilhão em despesas até o fim do ano que vem, entretanto, a ECT quer aumentar essa meta para R$ 2,26 bilhões.

O presidente da companhia, Floriano Peixoto, está tentando reduzir o tamanho da estatal, junto a sua equipe, desde meados de junho. Os Correios registraram prejuízo acumulado de R$ 2,8 bilhões até julho.

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Como consequência, houve uma queda no volume de correspondências e crescimento nas despesas da empresa. Além disso, a estatal viu rivais do setor crescerem no ramo. Em contrapartida, os Correios obtiveram lucro de R$ 161 milhões no ano passado.

Jader Lazarini

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