Correios avaliam aumentar corte de gastos para R$ 2,3 bilhões

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está avaliando um possível aumento no seu programa de corte de gastos. Isso se deve ao fato de seus rivais terem avançado no mercado de entregas expressas e, consequentemente, sua previsão de receita para este ano ter diminuído.

Inicialmente, os Correios tinham como plano uma diminuição de R$ 1,4 bilhão em despesas até o fim do ano que vem. Segundo informações do “Valor Econômico”, a ECT quer aumentar essa meta para R$ 2,26 bilhões.

O presidente dos Correios, Floriano Peixoto, está tentando reduzir o tamanho da estatal, junto a sua equipe, desde meados de junho. Os Correios registraram prejuízo acumulado de R$ 2,8 bilhões até julho.

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Como consequência, houve uma queda no volume de correspondências e crescimento nas despesas da empresa. Além disso, a estatal viu rivais do setor crescerem no ramo. Em contrapartida, os Correios obtiveram lucro de R$ 161 milhões no ano passado.

A disponibilidade de caixa dos Correios em janeiro era de R$ 496,92 milhões, entretanto o plano de demissão voluntária (PDV) da empresa acabou consumindo R$ 342,19 milhões até o mês de julho. Com isso, o caixa caiu para R$ 131,63 milhões. A estatal afirmou, entretanto, que no mês passado o saldo avançou novamente e atingiu a marca de R$ 435 milhões.

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Vale ressaltar que o programa de redução de despesas dos Correios tem como objetivo economizar R$ 1,4 bilhão até o final do próximo ano. Ainda em 2019, porém, a ideia é cortar R$ 400 milhões.

Medidas para redução de despesas dos Correios

Algumas medidas incomodaram os funcionários da estatal. Uma das ações do programa de redução de despesas busca reduzir benefícios dos trabalhadores, como por exemplo:

  • gratificação de férias complementar;
  • suspensão de pagamento do vale-alimentação nas férias;
  • suspensão do vale-cultura.

De acordo com José Aparecido Gandara, presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect), os Correios não podem aderir os pontos citados acima. Isso porque as medidas faze parte do acordo coletivo de trabalho.

Juliano Passaro

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