Coronavírus: UE cria fundo de 25 bilhões de euros para combater surto

A União Europeia (UE) informou nesta terça-feira (10) que será criado um fundo de 25 bilhões de euros (cerca de R$ 130 bilhões) que será usado para ajudar países que enfrentam consequências econômicas do surto do novo coronavírus (covid-19).

O novo fundo europeu contra o coronavírus será utilizado para enfrentar problemas como a falta de liquidez das empresas e aumentar os investimentos nos sistemas de saúde.

Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu anunciaram a decisão em uma entrevista coletiva concedida após uma teleconferência com os governos dos países membros do bloco.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, salientou que 7,5 bilhões de euros já serão liberados para financiar o fundo. A verba também será usada, entre outros, para proteger o mercado de trabalho europeu.

Saiba mais: Coronavírus ainda não impactou a indústria do país, segundo IBGE

Já Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, disse que a União Europeia estaria pronta para usar “todos os instrumentos necessários” para tentar amenizar os impactos causados pelo coronavírus. Além disso, o político belga indicou como o dinheiro será utilizado para facilitar os investimentos públicos a pressão tributária será mais branda.

Coronavírus no Brasil

Nenhum dos efeitos do coronavírus apareceu nos indicadores da indústria brasileira até janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

André Macedo, gerente de análise e estatística do IBGE, afirmou: “A princípio, os resultados não parecem ter efeito disso (coronavírus). Sabemos que pode trazer consequências para a parte dos insumos para abastecer a produção de bens finais domésticos, além do impacto sobre o comércio internacional. Mas não temos ideia se isso vai aparecer já nos indicadores de fevereiro, a serem divulgados em abril”.

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O técnico ainda acrescentou que embora os números tenham vindo acima da expectativa, precisavam precisam ser vistos com cuidados. Segundo ele, isso é dado por conta da base de comparação baixa, e o resultado ainda negativo em 0,5% da média móvel trimestral.

Em entrevista coletiva, Macedo chegou a afirmar  que “o crescimento ocorre após o setor ter desacelerado no fim do ano passado. Então, precisa ser relativizado por ter uma base de comparação depreciada. É preciso ter cautela, o resultado não é definidor de uma trajetória do setor”.

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Entretanto, segundo ele, não há evidências que o coronavírus tenha impactado o resultado da indústria brasileira.

Laura Moutinho

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