Coronavírus: UBS corta previsão do PIB global por conta do surto

O UBS cortou a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) global neste ano por conta da epidemia de coronavírus. A informação faz parte de um relatório divulgado pelo banco suíço nesta terça-feira (4).

Por conta dos impactos do coronavírus, o banco prevê um avanço de 2,9% para o PIB mundial em 2020. No relatório anterior, a estimativa de crescimento do UBS era de 3,1%.

Para o primeiro trimestre deste ano, o banco reduziu a previsão de avanço econômico mundial de 3,2% para 0,7%. A instituição financeira salientou que, caso confirmado, este seria o pior desempenho do PIB global em um trimestre desde a crise econômica de 2008/2009.

A equipe global de analistas do UBS explicou que 78% da queda reflete a desaceleração da economia da China, que possui o segundo maior PIB do mundo, por conta do vírus.

Em relação ao trimestre anterior, o banco estima que o PIB do país asiático cairá 1,5% entre janeiro a março deste ano. Em 2020, o banco prevê redução de 6% para 5,4% no crescimento da economia chinesa.

UBS reduz projeção de PIB brasileiro por conta do coronavírus

Embora o banco tenha salientado que o coronavírus deverá impactar diretamente somente os países do continente asiático, os reflexos da epidemia serão sentidos em outras regiões. Dessa forma, o UBS reduziu a projeção de crescimento do PIB do Brasil de 2,5% para 2,1% em 2020.

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A queda ocorreu pois a China é o principal parceiro comercial do Brasil. De acordo com o banco, o vírus impactará de forma negativa principalmente os setores de serviços e consumo no país asiático. Os dois segmentos correspondem a 54% do PIB chinês.

Por outro lado, a instituição financeira elevou a estimativa de crescimento econômico brasileiro para 2021. O relatório anterior projetava um avanço de 2,5% na economia do País. Contudo, ao considerar os reflexos da recuperação econômica da China, a previsão passou para 2,8%.

“As mudanças nas projeções de crescimento da China têm um impacto cíclico sobre o crescimento do Brasil”, diz o banco no relatório sobre o coronavírus.

Giovanna Oliveira

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